A Febre do Oropouche, uma doença transmitida pelo mosquito maruim, alcançou 140 casos confirmados em Santa Catarina, segundo informações da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (DIVE/SC). As cidades mais impactadas são Luiz Alves, com 65 casos, e Botuverá, com 35 casos, ambas localizadas no Vale do Itajaí. As autoridades locais têm intensificado as ações de orientação e controle, especialmente em Botuverá, onde seis novos casos estão aguardando confirmação por exames laboratoriais.

Em Luiz Alves, a situação chegou ao ponto de uma declaração de emergência devido à infestação do mosquito. A prefeitura esclareceu que a percepção de aumento dos casos se deve ao fluxo de liberação dos resultados dos exames pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (LACEN), que também testa para dengue, zika, chikungunya, e vírus Mayaro antes de confirmar a Febre do Oropouche. A cidade relata que as atuais condições climáticas frias estão ajudando a controlar a propagação, já que temperaturas abaixo de 20°C desfavorecem a reprodução do maruim.

Adicionalmente, o Ministério da Saúde alertou sobre os riscos da Febre do Oropouche para gestantes, associando a doença a complicações como abortamentos e microcefalia. O instituto Evandro Chagas identificou a presença de anticorpos do vírus em casos graves, reforçando a necessidade de vigilância intensificada durante a gestação e no acompanhamento de recém-nascidos. Com sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya, como dores de cabeça e musculares, a doença não possui tratamento específico e requer cuidado sintomático e repouso.

Fonte: ND+

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