A valorização imobiliária, que destaca Itapema e as demais cidades da região vai continuar em alta em 2024. Isso porque além de todos os componentes que estimulam a construção civil por aqui as condições econômicas do País devem criar um ambiente de alta para os imóveis em praticamente todas as regiões. É o chamado componente do Fator Brasil.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o presidente da Câmara Brasileira da Construção Civil, Renato Correia, afirma que a tendência é que o preço dos imóveis suba acima da inflação em 2024.
Nas demais regiões do país, há procura maior que a oferta de imóveis e não há perspectiva para queda nos custos de produção, o que manterá os preços em alta.
A alta dos juros nos últimos anos e o desestímulo a programas como o Minha Casa Minha Vida, que só foi retomado no ano passado, também contribuíram para a alta nos preços a nível nacional e para a redução da oferta de crédito para o setor.
A poupança, considerada uma das maiores fontes de financiamento para a construção, sofreu o impacto das altas taxas de juros. “Mantendo o mesmo ritmo de janeiro a outubro de 2023, a caderneta deverá encerrar o ano com perdas de quase R$ 100 bilhões”, destacou o dirigente.
No período de janeiro a outubro de 2023, o número de unidades financiadas com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) caiu 32,70% em relação ao mesmo período anterior. Em contraste, o financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) registrou um aumento de 30,16% em relação aos mesmos meses de 2022, já com impacto do novo Minha Casa Minha Vida.
Para o ano de 2024, a Cbic prevê um crescimento de 1,3%, com a expectativa de que o Banco Central continue a reduzir a taxa básica de juros, a Selic, e que haja um novo ciclo de lançamentos pelo programa Minha Casa, Minha Vida e obras pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Renato Correia enfatiza: “Precisamos de estabilidade para a construção civil a fim de manter os empregos, investir e ganhar competitividade.”
Ele acredita em uma tendência de recuperação com mais lançamentos pelo Minha Casa, Minha Vida e pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) no segundo semestre de 2024, um segmento que tem enfrentado um recuo acentuado devido aos altos saques da poupança causados pelas taxas de juros elevadas.
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