Um estudo de 18 meses com 1.162 pacientes demonstra que a digitalização dos atendimentos não prejudica a eficiência da Atenção Primária à Saúde (APS). Iniciado em dezembro de 2022, o projeto envolveu a segmentação dos pacientes e a definição de linhas de cuidado com o suporte de equipes de enfermagem e médicos da família.
O projeto começou com uma avaliação dos pacientes realizada por enfermeiros, que dividiram o público em grupos baseados em condições de saúde monitoráveis. Dos participantes, 35% apresentavam sobrepeso, 21% eram obesos, 11% estavam abaixo do peso ideal, 15% eram hipertensos e 4% eram fumantes. Além disso, 33% consumiam álcool semanalmente e 5% eram diabéticos. Apenas 40% haviam completado o esquema vacinal.
Com base nessa segmentação, foram realizadas ligações periódicas, agendadas consultas e fornecidas orientações para exames e mudanças de hábitos. O total de atendimentos incluiu 1.864 consultas de enfermagem, 1.505 consultas médicas e 283 atendimentos de urgência ou emergência via telemedicina. Cada consulta resultou em média em 2,4 exames por paciente, com uma taxa de resolutividade de 96%.
“A partir da organização inicial, a definição de rotinas de atendimento online e de ações de reforço na conscientização sobre a importância da vida saudável são essenciais para o sucesso desse formato de atendimento”, afirma Guilherme Hahn, CEO da Salvia – Saúde Corporativa, que discutirá o projeto no Conarh em 29 de agosto.
Guilherme Hahn, CEO da Salvia – Saúde Corporativa. (Foto: Divulgação)
O programa também monitorou indicadores de exames preventivos, com 90% das mulheres entre 50 e 69 anos realizando mamografias, 95% tendo feito rastreamento de câncer de colo do útero e 37% de câncer colorretal, este último indicando necessidade de melhoria.
Além das consultas, foram promovidos webinars, desafios de atividades físicas, cursos para gestantes e envio de mais de 60 conteúdos sobre saúde. “A experiência mostra que o modelo de APS 100% digital é viável e comparável aos modelos presenciais e híbridos em termos de qualidade do cuidado. A tecnologia pode ser uma poderosa aliada para melhorar o acesso e a qualidade do atendimento primário”, conclui Guilherme Hahn.
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Fonte: Visor Notícias
Sobre o autor:
Lucas Koerich
Lucas Pasetto Koerich é jornalista formado pela Universidade do Vale do Itajaí. Já trabalhou com marketing e está no jornalismo desde 2023. Tem familiaridade com o jornalismo esportivo. Atua no Visor Notícias desde que entrou como estagiário.
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