A Tailândia, destino preferido por turistas em busca de experiências com elefantes, está enfrentando uma crescente crise de segurança devido ao aumento do uso desses mamíferos em atividades turísticas. Com mais de três mil elefantes, predominantemente em mãos privadas, utilizados em passeios, festivais e pequenas comunidades, a controvérsia sobre o tratamento cruel dos animais agora se transformou em um sério problema para o país asiático.
Os elefantes, impulsionados pelo aumento significativo da população, incentivado pelo governo em meio à redução exponencial de seu habitat natural, estão se aproximando cada vez mais dos habitantes locais. Em resposta, uma nova estratégia emergiu, envolvendo o uso de pequenas bombas para afastar os animais, o que paradoxalmente tem contribuído para torná-los mais agressivos.
Taan Wannagul, pesquisador do Centro de Educação de Elefantes Orientais, relatou que os elefantes, antes pacíficos, agora estão se tornando mais hostis devido à prática de lançar as chamadas “bombas de pingue-pongue” e criar ruídos para afastá-los. Alguns incidentes recentes, como o ataque fatal a Pae Pakdee, um fazendeiro de 73 anos, exemplificam a gravidade da situação. No caso, um elefante macho de três metros de altura, apelidado de “Amarelo”, protagonizou um ataque selvagem, resultando na perda dos membros do fazendeiro.
Apesar dos elefantes serem considerados sagrados na Tailândia, a percepção de que o governo prioriza a vida dos animais sobre a das pessoas gera controvérsias. As penalidades para matar um elefante são significativamente mais altas do que as compensações oferecidas às famílias das vítimas de ataques desses mamíferos.
Como medida para enfrentar essa problemática, um projeto foi implementado, envolvendo guardas-florestais locais que patrulham os parques de vida selvagem, rastreando e monitorando os movimentos dos elefantes.
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