Entre março e maio de 2022, a taxa de desemprego no Brasil foi de 9,8%. O valor representa um recuo de 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre de dezembro de 2021 a fevereiro de 2021, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente, o desemprego atinge 10,6 milhões de brasileiros.

A recuperação é relevante, principalmente, quando comparada ao período da pandemia, quando a taxa chegou perto dos 15%. Esta recuperação está ligada à vacinação e à retomada da economia brasileira.

Mesmo com a queda na taxa de desocupação, o país ainda tem 39,1 milhões de trabalhadores informais. O número representa 40,1% da população ocupada, contra 40,2% no trimestre anterior e 39,5% no primeiro trimestre de 2021. Para o professor Lauro Mattei, do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da UFSC, esses dados demonstram uma realidade de precarização do mercado de trabalho.

“Mesmo com uma pequena queda no desemprego, os dados mostram uma elevação da informalidade no mercado de trabalho, ou seja, os trabalhadores não encontram condições adequadas e muitos acabam trabalhando sem carteira de trabalho. Isso acontece muito no trabalho doméstico, por exemplo”, explica o professor.

Segundo ele, o baixo rendimento também é um reflexo desta precarização. A pesquisa mostrou que o rendimento real habitual, de R$ 2.613, caiu 7,2% no ano.

Rede Catarinense de Notícias

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