Santa Catarina presenciou a primeira apreensão de K9, um potente narcótico sintético também conhecido como “supermaconha”, que desencadeia um fenômeno alarmante apelidado de “efeito zumbi” nos usuários. A apreensão foi confirmada pela Polícia Civil após uma investigação que iniciou na sexta-feira (16), quando a droga foi encontrada em pequenos pacotes enviados pelos Correios para a Grande Florianópolis.
SC confirma primeira apreensão de K9, droga devastadora com ‘efeito zumbi’
As drogas K, dentre as quais a K9 está incluída, surgiram em laboratórios na década de 1980, baseadas em canabinoides sintéticos. A K9, em específico, pode ser consumida de diversas maneiras, como papel embebido na substância, inalada diretamente, misturada com ervas para fumo, ou em formato de sais para inalar.
A K9 é notória por seus efeitos intensos e perigosos. Além do potencial vício, a droga pode agravar a depressão, acelerar o ritmo cardíaco, e induzir paranoia, alucinações e convulsões. Em alguns casos extremos, pode até resultar em morte.
Embora as drogas K sejam por vezes referidas como “maconha sintética”, essa descrição é tecnicamente imprecisa. Os canabinoides sintéticos interagem com os mesmos receptores cerebrais que a maconha, porém, sua potência pode ser até 100 vezes superior.
O médico psiquiatra Harif Bakri comenta sobre essa distinção: “Os efeitos dessas substâncias falam por si. Definitivamente, não estamos falando sobre a maconha orgânica e esses elementos não devem ser confundidos.”
Maéli Civa, farmacóloga e mestre em farmácia, reitera que os efeitos dessas substâncias são exacerbados devido à combinação com plantas alucinógenas e outras drogas sintéticas, como o ecstasy. Isso resulta em efeitos extremamente potentes e duradouros.
Bakri adverte que o uso do termo “supermaconha” para se referir às drogas K pode ser uma estratégia dos traficantes para atrair usuários de maconha para essa nova droga. “Usuários da planta podem acreditar que se trata de uma substância mais prazerosa, mas na realidade são compostos nocivos que podem levar à morte”, alerta.
Com informações de: Correio do Povo e G1
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