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Aquecida e funcionando a todo vapor, a construção civil é a bola da vez para investidores
A construção civil promete ser um dos pilares de sustentação da economia nos próximos meses. “Senão um dos pilares de sustentação, certamente um dos motores que irão alavancar a economia na retomada”, afirma o empresário e engenheiro civil Bruno Pereira, que representa a construção civil em Itajaí, Navegantes, Penha e Piçarras.
A estimativa surge do próprio comportamento de mercado, onde a procura por imóveis cresceu nas últimas semanas na região. Pereira ainda não arrisca percentuais de crescimento na procura por imóveis, mas revela um dado importante: esta reação de mercado tem trazido às construtoras compradores com perfil de investimento. “Muitos estavam com seus recursos no mercado de ações ou em rendas fixas, porém migraram para o mercado de imóveis por entender ser um campo de investimento mais seguro nesse momento”, completa.
Pereira, que também é presidente do Sinduscon da Foz do Rio Itajaí, enfatiza que o mercado de imóveis sempre foi sinônimo de solidez. “Já passamos por quatro sérias crises econômicas nos últimos dez anos no Brasil, e em nenhum momento vimos imóveis desvalorizarem aqui em nossa região e em várias outras regiões do País que tem potencial imobiliário”, acrescenta.
Este movimento de busca por imóveis nesse momento, por parte daqueles que querem resguardar seus investimentos, é natural e muito razoável, segundo o presidente. Ele acrescenta que essa tendência mantém o setor aquecido, o que reflete na economia de forma geral, principalmente na manutenção dos empregos diretos e no ritmo de construção das obras, que segue estável e impactando, da mesma forma, na rede de fornecedores de insumos para o setor.
Se a pandemia trouxe aumento na quantidade de investidores querendo aportar seus recursos no mercado imobiliário, ela também anuncia possíveis mudanças futuras no conceito de morar. “Vemos aí uma tendência forte nas demandas de mercado neste sentido. Esta experiência vivida pelas pessoas em virtude do distanciamento social e do próprio isolamento, fez nascer uma vertente de novas necessidades em relação à habitação”, explica o empresário. Segundo ele, os lançamentos que privilegiavam áreas de lazer extensas e completas, mas com apartamentos em tamanhos reduzidos, não devem se manter em alta no mercado por muito mais tempo. “Este modelo se evidenciou nos últimos anos, porém, agora, o consumidor deve chegar com necessidade de espaços individuais maiores, pelo menos maiores do que hoje habitam”, finaliza.
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