Condenada pelo assassinato da menina Isabella Nardoni em 2008, Anna Carolina Jatobá deixou a prisão na noite de terça-feira (20) após obter a progressão da pena para o regime aberto. Jatobá foi considerada culpada pelo homicídio triplamente qualificado junto com o pai da garota, Alexandre Nardoni. O crime chocou o país quando a menina foi jogada da janela do apartamento onde o casal vivia, na zona norte de São Paulo.
Após cumprir parte de sua pena na penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, interior de São Paulo, a madrasta de Isabella Nardoni conquistou a progressão para o regime aberto. A decisão foi proferida pela 2ª Vara das Execuções Criminais de Taubaté e foi cumprida pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) na terça-feira à noite, informou a SAP em nota.
Anna Carolina Jatobá obteve a redução de sua pena ao trabalhar como costureira na prisão. Em 2017, ela migrou para o regime semiaberto, o que lhe permitia trabalhar ou estudar fora e retornar para o presídio para dormir. Nesse regime, os presos têm direito a cinco saídas temporárias por ano, podendo retornar à prisão após até sete dias.
Em 2020, Jatobá retornou temporariamente ao regime fechado após ser flagrada realizando uma chamada de vídeo de dentro do presídio. Em maio deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a Justiça de São Paulo examinasse o pedido de progressão ao regime aberto feito por Anna Carolina Jatobá.
Após analisar um recurso da defesa, o juiz determinou a realização de exames criminológicos e teste psicológico antes de decidir sobre a progressão da pena. Entre os exames exigidos estava o teste de Rorschach, utilizado para examinar características da personalidade. Pouco mais de 20 dias depois, a Justiça paulista se manifestou favorável à progressão para o regime aberto, resultando na libertação de Anna Carolina Jatobá. Já Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão, permanece detido.
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