O Expo eVTOL, principal feira da América Latina sobre o mercado de carros voadores, encerrou nesta quinta-feira (23) com um cenário de otimismo entre os participantes. O evento contou com a presença das principais empresas do ecossistema, incluindo fabricantes como a chinesa eHang e as brasileiras Vertical Connect e Moya, além de operadores como a GOL e a Azul.
Gustavo Ribeiro, diretor do Voo Limpo e moderador dos fóruns, destacou a proximidade do uso comercial dos eVTOLs. “Em um tempo bem curto, no máximo dois anos, devemos ter essas aeronaves voando, inclusive no Brasil”, afirmou. Tiago Costa, líder de Aeronáutica da Eve Air Mobility, braço da Embraer, corroborou com essa visão, afirmando que o eVTOL da Eve vai voar ainda neste ano.
As operadoras GOL e Azul planejam iniciar voos intrarregionais a partir de 150 km, mas enfrentam o desafio da construção de vertiportos, prevista para os próximos dois anos. Camilo Oliveira, de relações institucionais da Azul, destacou o potencial dos eVTOLs para cobrir 80% dos voos realizados hoje com helicópteros.
Sergio Quito, presidente do Conselho de Segurança e Operações de Voo da GOL, apontou a necessidade de infraestrutura adequada, além de projetar que até 2027 o VX4, aeronave elétrica da Vertical Aerospace, estará em operação. A empresa também planeja uma aeronave inclusiva para até seis passageiros até 2032.
Um levantamento da AVANTTO revelou que São Paulo e Rio de Janeiro representam um mercado de aproximadamente 10 mil eVTOLs, com receita potencial de US$ 7,3 bilhões até 2040. Rogerio Andrade, CEO da AVANTTO, destacou que uma viagem de 30 km deverá custar US$ 100 por passageiro, tornando-se tão acessível quanto um táxi.
Para atender à demanda, o setor está investindo na capacitação de mão de obra, com a ANAC abrindo uma consulta setorial para a emissão de licenças e habilitações para pilotos de eVTOLs. O documento apresenta a visão da Agência sobre como os primeiros pilotos dessas novas aeronaves poderão ser habilitados.
*Supervisionado por Everton Palaoro
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