A Campanha de Vacinação contra a Poliomielite em Santa Catarina encerrou com uma adesão preocupantemente baixa. Apenas 38,81% das crianças entre um e quatro anos foram imunizadas, muito aquém da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde. Este resultado levanta sérias preocupações sobre o risco de reintrodução da doença no estado.

O balanço parcial da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina aponta que, durante as três semanas de campanha, foram aplicadas 150.717 doses da Vacina Oral Poliomielite (VOP), destinada a um público-alvo de 388.270 crianças. Além disso, 14.125 doses da vacina inativada contra a poliomielite (VIP) foram administradas a bebês menores de um ano que ainda não haviam completado o esquema primário de vacinação.

Arieli Schiessl Fialho, gerente de Imunização da Dive, enfatiza que a vacina contra a poliomielite é parte do calendário de vacinação rotineiro e continua disponível nos postos de saúde do estado. “O objetivo agora é alcançar aquelas crianças não imunizadas ou com esquema de vacinação incompleto, além de reforçar a proteção daquelas já vacinadas, para prevenir a reintrodução do poliovírus,” afirma Fialho.

As doses de VOP continuarão disponíveis como parte da vacinação de rotina, com reforços administrados nas idades recomendadas de um ano e três meses e quatro anos. A vacina VIP também segue disponível no esquema regular de três doses.

Atualmente, a cobertura vacinal contra a poliomielite em Santa Catarina para o ano de 2024 é de 81,26% para a vacina VIP e 74,18% para o primeiro reforço da VOP. Estes números estão bem abaixo da cobertura de 95% recomendada, o que constitui um desafio para as autoridades de saúde pública do estado até o final do ano.

Este cenário sublinha a importância da conscientização contínua sobre a importância da vacinação, que é fundamental para a erradicação de doenças evitáveis e a proteção da saúde das crianças catarinenses.

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