Moradores de Blumenau poderão receber alertas sobre riscos de desastres naturais e situações de extremo perigo em tempo real diretamente pela tela do celular. A cidade está em uma restrita lista de 11 municípios selecionados para participar de um projeto-piloto inédito no Brasil, baseado em uma tecnologia conhecida como cell broadcast. A informação é do colunista Pedro Machado, ao NSC Total.

Com ela, o usuário recebe uma notificação em texto, no formato de pop-up, na tela inicial do celular. Este alerta se sobrepõe a qualquer atividade – vídeo, aplicativo ou jogo, por exemplo – que estiver sendo executado no aparelho. Dependendo do grau da emergência, a mensagem também pode ser programada para disparar um sinal sonoro.

A diferença desta tecnologia para o SMS é a rapidez, já que as mensagens são recebidas de forma praticamente instantânea – “salvando” alguns segundos e minutos que podem fazer a diferença no atendimento às ocorrências. O sistema terá como público-alvo todos os números de celulares ativos na região que tenham sinal 4G ou 5G e estejam em uma área classificada pela Defesa Civil como de alto risco.

Segundo o secretário Carlos Menestrina, pesou a favor de Blumenau na seleção o histórico da cidade em ações de prevenção e respostas a desastres climáticos. Está prevista para julho uma simulação da tecnologia, em princípio em um perímetro delimitado. A ideia é testar a efetividade da ferramenta, para em um segundo momento avançar na discussão para implementação efetiva.

Se for adotado, o cell broadcast pode ser usado em qualquer tipo de situação que possa trazer risco à sociedade, diz Menestrina. Ele não substituirá, segundo o secretário, outros meios de alertas e informações já conhecidos da população, como o aplicativo AlertaBlu.

Além de Blumenau, Gaspar e as cidades de Muçum (RS), Roca Sales (RS), Petrópolis (RJ), Angra dos Reis (RJ), Indianópolis (MG), Cachoeiro do Itapemirim (ES), São Sebastião (SP), Morretes (PR) e União da Vitória (PR) também participarão do projeto piloto. A ação é uma iniciativa conjunta do Centro Nacional de Gerenciamento de Desastres (Cenad), Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR) e a Agência Nacional de Telecomunicações. Ferramenta semelhante já é aplicada em países da Europa, Estados Unidos e Japão.

*Supervisionado por Everton Palaoro

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