Milton Rolim Carneiro Filho, suspeito de ter provocado um rombo de R$ 5 milhões no BCPrevi, no período de 2005 a 2007, com processo em andamento no Tribunal de Justiça, é um dos abnegados da Prefeitura de Balneário Camboriú e somente no mês de abril recebeu R$ 6 mil equivalente a horas extras.

Milton, de acordo com o holerite publicado anexo, que é público e está disponível no Portal de Transparência da Cidade, está lotado na Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social da Prefeitura de Balneário Camboriú, como assistente administrativo, com salário de R$ 2.290,00. Acrescido de horas extras e outras regalias mais, o contracheque superou os R$ 21 mil no mês passado.

De acordo com o secretário de Administração, Edson Bertelli, são apenas “servidores abnegados” que estão recebendo salários elevados neste momento de pandemia.

Neste caso , Milton Rolim é muito mais que um abnegado. No período de 2005 a 2007, como gestor do instituto previdenciário do servidor público municipal, se envolveu em aplicações que geraram prejuízos em torno de R$ 5 milhões e está respondendo judicialmente por isso.

O caso dele vai ser investigado pela CPI na Câmara. Em junho do ano passado, portanto antes da pandemia, ela já era um abnegado e recebeu R$ 36 mil, mesmo com um salário base de R$ 2 mil.

O vereador Nilson Probst, líder do MDB na Câmara Municipal, afirma que o objetivo da CPI a ser instaurada é apurar caso por caso porque “são muitos beneficiados com supersalários e não acontece apenas nesse período. Não é justo ter muita gente trabalhando como voluntário e outros recebendo salário três, quatro e até cinco vezes acima do normal”.

O Blog do Pepa fez contato com a secretária de Inclusão Social e obteve o celular de Rolin, mas até a publicação desta nota não obteve contato com ele. O espaço para que ele possa dar explicações sobre o caso permanece aberto. 

Veja abaixo o contracheque de junho de 2019

As informações são públicas, no portal da transparência, basta digitar o nome da pessoa a ser consultada.

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