Entre internos e profissionais, casa registrou 21 casos até o momento
A cidade de Palmitos, no Oeste do Estado, registrou a primeira morte por coronavírus. A vítima é Nádja Früstöckl, de 86 anos, interna da casa de cuidados Nupai. O fato ocorreu após a contaminação de uma profissional. Outros 16 idosos e cinco cuidadores testaram positivo para a doença até então. A situação vem preocupando os responsáveis pela casa, que tem 44 internos. Os internos foram todos isolados. Segundo divulgado pelo ND, Nádja era natural de Palmitos e tinha câncer de mama e Alzheimer, o que a fazia integrar o grupo de risco. O teste dele teve resultado positivo no dia 24 de maio, quando foi internada no Hospital Regional de Palmitos. Depois de três dias, ela não resistiu e morreu.
Ela foi uma das primeiras moradoras da Nupai a testar positivo para a Covid-19. As dependências da casa contam com quartos compartilhados, onde dormem de dois a três idosos. Em função da dificuldade de garantir isolamento, todas as visitas aos idosos estão proibidas desde março. A contaminação começou através de uma servidora da instituição, que testou positivo para a Covid-19 no dia 20 de maio. Nos dias seguintes, a Prefeitura realizou testes rápidos nos idosos e, até então, 16 internos e quatro servidores também tiveram resposta positiva para o novo vírus
Idosos contaminados foram isolados
De acordo com Débora Riese, enfermeira técnica responsável pela casa, no início desta semana o lar conseguiu deslocar 24 internos, entre casos confirmados e com sintomas, para as dependências da Cefap, local administrado por uma instituição religiosa do município. Outros 13 idosos que não apresentaram sintomas e testaram negativo para a Covid-19 permaneceram na casa, depois que o local passou por desinfecção. As equipes de cuidado também se dividiram, com profissionais que atuam no Cefap e na casa de cuidados. Entretanto, a enfermeira critica a falta de apoio do município para com a casa, principalmente em orientar a atuação do local frente a contaminação por Covid-19. “Precisamos de um plano de contingência que envolvesse a prefeitura. Estamos todos perdidos” desabafa a enfermeira.
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