Em um alarmante episódio de mortalidade animal, 72 tartarugas-verdes foram encontradas mortas no Litoral Norte de Santa Catarina no mês de junho. Pesquisadores indicam que as principais causas das mortes incluem captura por rede de pesca, interação com lixo, colisão com embarcações e agressões.
O grupo de pesquisadores que fez a descoberta pertence ao Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) da Univille. De acordo com a equipe, a maioria dos animais foi encontrada nas praias de São Francisco do Sul e Itapoá, com 32 e 30 animais respectivamente. Os outros dez foram localizados na faixa litorânea entre Balneário Barra do Sul e Araquari.
Durante a necropsia das tartarugas, os pesquisadores descobriram resíduos de plástico no estômago e intestino de alguns animais, sugerindo que a poluição dos oceanos é uma causa significativa para o alto número de mortes. Outros animais apresentavam marcas de interação com equipamentos de pesca, incluindo pescoços inchados por estrangulamento.
Uma das tartarugas foi encontrada sem a carapaça, levantando suspeitas de remoção do casco, o que pode ser considerado um crime ambiental, segundo a legislação brasileira.
O PMP-BS informou que o alto número de tartarugas mortas não é uma ocorrência isolada, mas sim um problema anual. O grupo destacou que as principais ameaças às populações de tartarugas marinhas incluem a captura acidental por redes de pesca e a contínua poluição dos oceanos.
Procurando Nemo
As tartarugas-verdes, da espécie Chelonia mydas, são as mesmas que são vistas cruzando os oceanos no popular filme de animação “Procurando Nemo”. Elas estão listadas como em perigo de extinção na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
A população de tartarugas-verdes que habitam a Baía Babitonga, no Litoral Norte de Santa Catarina, é composta principalmente de indivíduos jovens, com carapaças entre 30 e 50 centímetros. Nesta fase, as tartarugas são herbívoras, alimentando-se de algas, e raramente são vistas em alto mar.
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