O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) confirmou que o caso de um homem acusado de assassinar seu primo será avaliado por um júri popular. A decisão, da 2ª Vara Criminal de Chapecó, segue em meio à tentativa do acusado de buscar absolvição alegando legítima defesa. Além disso, o réu solicitou que fosse removida a qualificação de “motivo fútil” para o crime.

Os eventos trágicos, ocorridos em novembro de 2017, se desenrolaram de maneira inesperada. A origem? Uma discussão sobre quem ficaria com um frango destinado a um jantar entre parentes. Segundo relatos, após uma tarde na casa de dois primos, o acusado tentou levar o frango. Após inicialmente negarem, os primos mudaram de ideia e resolveram entregar a ave na casa do acusado, a curta distância de apenas 50 metros.

O reencontro não foi pacífico. Com os ânimos exaltados e sob o efeito de álcool, o primo acusado discutiu com os dois rapazes. Com o auxílio de seu pai, atacou seus parentes, resultando em três facadas fatais. Vale ressaltar que o julgamento do pai foi separado deste caso. As testemunhas, ouvidas em tribunal, apresentaram versões divergentes sobre como a discussão começou, mas concordaram que todos os envolvidos estavam embriagados e que não havia desavenças anteriores.

O desembargador relator ponderou sobre a defesa apresentada, concluindo que as evidências iniciais não excluem a intencionalidade do acusado nem confirmam, de maneira irrefutável, a legítima defesa. Além disso, o desembargador destacou a aparente futilidade do crime, já que tudo girava em torno da propriedade de um simples frango.

A expectativa agora é que as deliberações do júri popular esclareçam os fatos e decidam o destino do acusado nesta trágica disputa familiar.

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