Após quedas de até 22% durante a pandemia, o volume arrecadado pelo estado no mês de julho apresentou forte recuperação e superou os valores do ano anterior.

As dificuldades decorrentes da pandemia influenciaram no desempenho de todos os setores da economia. O mês de maio teve um dos piores desempenhos da série histórica, com valores totais inferiores à R$ 1,4 bilhão.

Já em julho, os valores arrecadados superaram o mês anterior em mais de 22%, aproximando-se de R$ 1,9 bilhão. Com este montante, o nível de movimentação econômica ultrapassa o valor do ano passado, o que fortalece a retomada da economia catarinense.

Neste mês, a maior recuperação ocorreu justamente nos setores que haviam enfrentado as maiores dificuldades durante a pandemia.

A consultoria Caravela Soluções classificou as atividades em categorias de baixo, médio e alto impacto da pandemia. Composta por setores de construção, do setor têxtil e hoteleiro, as atividades de alto impacto mostraram queda superior a 33% no trimestre de março a maio. Por outro lado, os grupos de médio e baixo risco tiveram desempenhos de -2% e +2% no período.

Por outro lado, o mês de julho apontou recuperação de toda a economia, mas puxada pelas atividades de alto risco, que apresentaram crescimento de 61% no mês.

Apesar da melhora, esta categoria ainda registra queda de 23% no ano, enquanto as duas outras categorizações mostram estabilidade e até crescimento.

O comércio de máquinas e de equipamentos de informática tiveram forte participação nesta retomada, crescendo 25%. Os serviços de alimentação também conseguiram retomar 130% da sua movimentação em relação ao mês anterior

A indústria também teve participação na retomada, a fabricação de automóveis cresceu 56% e a de móveis aumentou em 48%. Outra atividade industrial de grande relevância para a retomada da economia é a fabricação de máquinas, que teve recuperação de 65%.

Segundo o economista Henrique Reichert, da Caravela Soluções, os números trazem boas notícias para a economia catarinense. “Além da retomada de serviços de alimentação, que foram os que mais sofreram com a pandemia, há uma forte retomada de atividades ligadas a investimentos, como a produção e o comércio de máquinas industriais.” De acordo com o economista, isto indica que a produção dos próximos meses deve se manter fortalecida.

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