Para tentar frear a Covid-19, que avança em todas as regiões de Santa Catarina, nesta terça-feira (23), o Estado poderá anunciar novas regras, entre elas, restrições de horário e ações para reduzir a circulação de pessoas. Segundo noticiado pela colunista da NSC, Dagmara Spautz, as medidas são necessárias nesse momento em que o Estado atingiu o mais alto número de pessoas internadas em UTIs públicas e privadas desde o início da pandemia.

São 839 pacientes, com casos suspeitos ou já confirmados de Covid-19. Ao mesmo tempo, SC tem o mais baixo índice de isolamento social desde a chegada do coronavírus ao Estado: 29%. O cenário impõe mudanças no enfrentamento.

O governador Carlos Moisés (PSL) participou nesta terça, de uma reunião ainda pela manhã, com os governadores do Paraná, Ratinho Junior, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para debater as ações. No período da tarde o encontro será com os prefeitos. Dessas duas reuniões devem sair as últimas definições. O que já foi estabelecido pelo secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, é que SC poderá ter “horários diferenciados” e reduzir a circulação de pessoas em situações que não são “estritamente necessárias”.

A restrição de horário é uma das medidas tomadas pelos dois estados vizinhos, Paraná e Rio Grande do Sul, para conter especialmente a movimentação de jovens durante a madrugada e as aglomerações em festas clandestinas.

Santa Catarina tentou uma medida semelhante, que foi apelidada de ‘toque de recolher’. Mas, sem fiscalização efetiva, a regra não ‘pegou’. A tendência é que o Estado volte a apostar na restrição de horário, mas com um regramento melhor estabelecido, também apontam que o Estado pode investir, por exemplo, no fechamento ou na restrição de permanência em espaços públicos de lazer, como parques e praias, sob determinadas classificações de risco. O esforço, nesse caso, também passa pela fiscalização, já que no início da temporada de verão esses espaços estavam restritos, mas a regra não era seguida – especialmente nas praias.

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