Um laudo do Instituto de Criminalística confirmou que o ovo de Páscoa consumido por uma mulher e seus dois filhos em Imperatriz (MA) estava envenenado com chumbinho, um pesticida proibido para uso doméstico no Brasil. As duas crianças, de sete e 13 anos, morreram após apresentarem complicações graves por intoxicação. A terceira vítima, a mãe, sobreviveu.

Segundo a Polícia Civil, o raticida foi encontrado tanto no chocolate quanto nos corpos das vítimas e em materiais recolhidos com a principal suspeita, que está presa. A confirmação foi apresentada em entrevista coletiva nesta quarta-feira (30). O inquérito será finalizado com o indiciamento da suspeita por duplo homicídio e tentativa de homicídio.

Os irmãos foram sepultados em Imperatriz, em meio à comoção de familiares e amigos. De acordo com o relatório médico, a adolescente de 13 anos morreu por choque vascular e falência múltipla dos órgãos. O irmão mais novo faleceu horas depois, vítima do mesmo envenenamento.

Sobre o caso

Segundo informações repassadas à polícia, o ovo chegou à residência da família por meio de um motoboy, acompanhado de um bilhete com a mensagem: “Com amor, para Miriam Lira. Feliz Páscoa”. Minutos após o consumo, os membros da família começaram a apresentar sintomas de intoxicação.

O pai da criança, que mora na casa ao lado e é ex-marido da mãe, foi quem prestou os primeiros socorros, mas o menino não resistiu.

A principal suspeita é uma mulher que teria agido por vingança. Segundo as investigações, ela viajou mais de 380 km para executar o plano, comprou o chocolate disfarçada com peruca e óculos, e usou nome falso para se hospedar em um hotel. Ela foi presa no último domingo (20) e está à disposição da Justiça.

*Supervisionado por Everton Palaoro

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