O corpo do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, que morreu após ser atacado por uma onça-pintada no pesqueiro onde trabalhava, às margens do Rio Miranda, no Pantanal sul-mato-grossense, foi sepultado nesta quarta-feira (23), por volta das 13h45, no município de Anastácio (MS). O sepultamento foi realizado com caixão fechado e sem velório, devido às condições em que o corpo foi encontrado.

O corpo de Jorge passou por exames periciais no Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana, onde foram identificados sinais de mordidas e garras compatíveis com o ataque de um grande felino. O laudo definitivo deve ser concluído em até 10 dias.

A Polícia Militar Ambiental localizou partes do corpo da vítima na terça-feira (22), dois dias após o ataque, ao lado de pegadas de onça na beira do rio Miranda. Durante as buscas, helicópteros, drones e agentes especializados foram usados devido à dificuldade de acesso ao local. Partes do corpo também foram encontradas em uma toca, a cerca de 300 metros da área do ataque.

Onça foi registrada por câmeras dias antes do ataque

Câmeras de segurança instaladas em uma pousada rural próxima ao pesqueiro captaram imagens de uma onça-pintada rondando o local dias antes do ataque fatal. Os moradores da região estavam cientes da presença do animal, que já havia sido visto em outras ocasiões

Amigo alertou a vítima sobre pegadas do animal

Em vídeos divulgados nas redes sociais, um amigo da vítima aparece comentando sobre as marcas deixadas pela onça ao lado da casa de Jorge. Em tom de brincadeira, ele chegou a dizer que “o Jorginho vai ser comido pela onça”. O registro ganhou repercussão após a confirmação do ataque.

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Onça teria retornado ao local do ataque

Durante as buscas realizadas pela PMA, familiares e moradores, parte do corpo de Jorginho foi encontrada em um capão de mato, a aproximadamente 280 metros da residência. Ainda segundo os policiais, a própria onça retornou ao local durante as buscas, tentando esconder os restos mortais novamente. Um dos membros da equipe chegou a ser arranhado pelo felino, que também arrastava o corpo da vítima por cerca de 50 metros no momento em que foi surpreendido.

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