Um funcionário de uma loja autorizada da Claro, em Joinville (SC), é investigado pela Polícia Civil por aplicar um golpe utilizando a biometria facial de cerca de 80 clientes. Segundo a Operação Fakemetria, o suspeito coletava fotos durante o atendimento para contratar, de forma fraudulenta, empréstimos em bancos digitais. A estimativa da polícia é que o prejuízo total causado supere R$ 320 mil. Os valores variavam conforme o crédito disponível, com solicitações entre R$ 500 e R$ 5 mil por vítima.
De acordo com o delegado Vinícius Ferreira, da Delegacia de Estelionatos, o funcionário aproveitava o acesso ao sistema da operadora, que indicava a pontuação de crédito dos clientes, para identificar alvos com maior chance de aprovação de empréstimos. A biometria era registrada em celulares pessoais e usada para abrir contas bancárias digitais sem o conhecimento das vítimas. Até o momento, ninguém foi preso. O suspeito deixou a cidade antes da deflagração da operação, em 7 de abril.
Especialistas apontam falhas na segurança de bancos digitais e alertam para o uso indiscriminado de dados sensíveis, como a biometria facial. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) afirma que consumidores não devem ser obrigados a fornecer esse tipo de dado para acessar serviços. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou que trabalha em uma regulação específica, prevista para ser adotada até dezembro de 2025. Procurada, a Claro não se manifestou sobre o caso.
Fonte: UOL
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