O Porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, adotará novas regras para a atracação de navios, a partir de 4 de outubro. A principal alteração é que, como regra geral, a ordem de chegada na barra dos portos será o critério prioritário para a atracação, conforme a nova resolução publicada esta semana. A medida é uma resposta a reclamações, especialmente do setor de importação de fertilizantes, que tem enfrentado atrasos e custos extras devido à demora para atracar.
Nos últimos meses, importadores de fertilizantes manifestaram insatisfação com as longas filas de espera, que chegaram a comprometer prazos de entrega de insumos essenciais ao setor agrícola. Com isso, houve até mesmo a solicitação de um berço exclusivo para essa carga. Paralelamente, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) enviou ofício à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), pedindo que o desembarque de produtos industriais, como siderúrgicos, também fosse garantido, expressando preocupação com possíveis prejuízos à indústria catarinense.
Diante das queixas, a administração do porto defendeu que fatores climáticos, como nevoeiros frequentes, foram determinantes para o aumento no tempo de espera de atracação. Contudo, destacou que vinha cumprindo a regra de prioridade para navios carregados com fertilizantes. Agora, a nova norma visa simplificar o processo ao adotar a ordem de chegada como critério principal, sem distinção de tipo de carga. Segundo Cleverton Vieira, presidente do Porto de São Francisco do Sul, “as simulações feitas indicam que essa mudança trará mais agilidade”, além de estar em conformidade com padrões internacionais.
Outra alteração significativa é o aumento da capacidade de movimentação de cargas no desembarque, com a introdução de uma prancha mínima maior, o que visa otimizar o uso dos terminais e reduzir o tempo de operação dos navios atracados.
Nos primeiros sete meses de 2024, o Porto de São Francisco do Sul registrou a movimentação de 9,9 milhões de toneladas de cargas, um aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram movimentadas 8,9 milhões de toneladas. Os principais responsáveis por esse crescimento foram os produtos siderúrgicos e os fertilizantes, que tiveram o maior crescimento proporcional no porto neste ano.
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