Começou nesta terça-feira (9) em Itajaí (SC), a segunda edição da ExpoMar, evento que destaca os setores da pesca, maricultura e logística. A ExpoMar já conta com mais de 3000 inscritos e visa apontar tendências, aproximar visões de futuro e propor iniciativas.
O evento reúne mais de 50 conferencistas no Congresso Internacional da Pesca e Maricultura e no Simpósio Catarinense da Piscicultura, debatendo temas como economia azul, mudanças climáticas, consumo, linhas de crédito e desafios do setor. Entre as atrações, destacam-se a feira de negócios, a cozinha show, o corredor do sabor e a produção da maior paella do Brasil. A ExpoMar será realizado até o dia 11 de julho no Centreventos Governador Luiz Henrique da Silveira.
A programação foi construída com a participação de lideranças do setor, focando nos principais desafios e tendências futuras. Mais de vinte palestras, painéis e workshops compõem o congresso, que reúne mais de 60 especialistas e pesquisadores renomados do Brasil, Canadá, Chile e Oriente Médio. O tema central, “Transformação Azul na Pesca e Aquicultura”, está alinhado ao conceito da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), propondo uma visão sustentável para a aquicultura, gestão eficaz na pesca e melhoria na cadeia de valor.
Na abertura oficial, realizada na noite desta terça-feira (9), o presidente da ExpoMar, Altemir Gregolin, destacou que não há futuro na pesca e aquicultura sem sustentabilidade, rastreabilidade e certificação. Ele enfatizou a importância da pesquisa, estatística e ordenamento pesqueiro, além da produção sustentável na maricultura e piscicultura. Gregolin mencionou que o Brasil tem cinco milhões de pessoas que vivem da pesca, com PIB de R$ 27 bilhões e um mercado interno de 200 milhões de habitantes. Dados da FAO/Sofia indicam um crescimento de 19% no consumo, produção e comércio mundial de pescados nos últimos três anos, e o Brasil está destinado a ocupar um lugar de destaque nesse cenário.
Agnaldo Hilton dos Santos, presidente do Sindipi (Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região), co-organizador da ExpoMar, ressaltou o foco do evento na economia azul e a importância de recomendações para o plano de gestão da corvina, além dos desafios relacionados ao monitoramento de captura de atuns e a proposta de criação do parque nacional de Albardão, que pode gerar prejuízos irreparáveis no setor de pesca. Santos enfatizou a necessidade de dados precisos para o setor e a importância da parceria entre Sindipi, Univali e Fiesc no observatório da pesca.
O evento contou com a participação de diversas autoridades, incluindo o vice-prefeito Marcelo Sodré, representando o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, e o secretário executivo de pesca e aquicultura, Tiago Bolan Frigo, representando o governador em exercício de Santa Catarina, Mauro De Nadal. Carlos Mello, assessor especial, falou em nome do Ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula. Após a cerimônia de abertura, foi realizado o ritual do corte de atum de 108 quilos na Cozinha Show, seguido do coquetel de abertura.
Na noite de abertura, também foi realizada a entrega do Prêmio Oceanus da pesca e da maricultura. Os homenageados foram:
- Categoria Inovação na Pesca Industrial: Blaze Comércio Exterior LTDA.
- Categoria Inovação na Pesca Artesanal: Colônia Z33.
- Categoria Inovação na Maricultura: Fazenda Marinha Fortaleza das Ostras.
- Categoria Inovação na Piscicultura: Acqua Sul Piscicultura.
- Categoria Pesquisa e Desenvolvimento na Piscicultura: EPAGRI.
- Categoria Inovação no Ensino e Pesquisa em Pesca: Univali.
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