Mais de 240 pessoas precisaram se deslocar à uma uma unidade de saúde no Litoral Norte de Alagoas devido à intoxicação por algas marinhas, fenômeno conhecido como “maré vermelha” devido à coloração avermelhada das algas ao longo da costa. Em Tamandaré, Pernambuco, foram registrados quase 300 casos. A maioria dos afetados eram turistas hospedados em um resort na Praia de Carro Quebrado, na Barra de Santo Antônio, litoral alagoano.
Os casos de intoxicação aumentaram de 191 na quinta-feira (1º) para 245 na sexta-feira (2). O fenômeno, explicado pelo oceanógrafo Gabriel Le Campion da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é considerado raro e pode ocorrer em qualquer ponto da costa. Ele esclareceu que as florações das algas podem ser tóxicas ou não, sendo um fenômeno infrequente que pode ser desencadeado por fatores como clima quente e estiagem, favorecendo a multiplicação rápida desses micro-organismos.
O desequilíbrio ambiental, de acordo com o professor, pode contribuir para o surgimento dessas algas, influenciado pelo excesso de nutrientes despejados na água pelo homem. Técnicos do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) coletaram água na Praia de Carro Quebrado para identificar a proliferação das algas, recomendando a evitar o banho de mar na região por 48 horas.
A exposição às toxinas das algas pode causar sintomas como enjoo, dor de garganta, dor de estômago, tosse, coriza, obstrução nasal e conjuntivite. As toxinas são transmitidas pelo ar, resultando em intoxicação, como ocorreu na Barra de Santo Antônio, através do spray das ondas.
O secretário de Meio Ambiente do município, Sérgio Silva, afirmou que as algas foram transportadas de Pernambuco para o litoral alagoano, e o contato das pessoas com sintomas se deu pelo ar. Em Maracaípe, Ipojuca, Pernambuco, três pessoas foram hospitalizadas por intoxicação, incluindo a promotora de eventos Paloma Brasil, que relatou sintomas como dor no corpo, dor de cabeça, espirros, falta de ar, febre e diarreia após passar um tempo na beira da praia.
Os micro-organismos responsáveis pela maré vermelha se diluem na água, reduzindo naturalmente a concentração desses organismos. O Ibama continua monitorando o caso, aguardando novos dados e análises temporais sobre o deslocamento das manchas de microalgas.
Fonte: G1
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