Por Luisa Caser *

Foi um privilégio e uma grande conquista pessoal e profissional poder participar pelo segundo ano consecutivo do maior congresso de beleza do mundo, o IMCA’s, em Paris, na França. É uma das minhas missões: buscar sempre atualizações e respaldo científico para trazer o melhor para quem confia no meu trabalho, no dia a dia do consultório.

Para quem não conhece ou não é da área, o IMCA’s é um evento anual em que são apresentados em primeira mão os artigos científicos publicados por profissionais da saúde referência no setor – em especial da beleza –, onde são apresentados novos protocolos de tratamento, tendências (tanto na parte cosmética como em tecnologias), medicamentos, suplementações e lançamentos, sejam em aparelhos/equipamentos que melhoram a experiência e resultados dos pacientes em consultório como também softwares de imagem.

Nesta última edição destaco nomes como Luiz Peres, médico brasileiro que estava entre os palestrantes, dando ênfase principalmente ao uso de bioestimuladores associados com ácido hialurônico, correção de quedas, contorno e qualidade da pele; e também do professor Sebastian Cotofana, da Romênia, referência mundial em anatomia aplicada à face.

Impossível não ressaltar um dos grandes diferenciais do congresso: a forma como as palestras são apresentadas, muitas inclusive com procedimentos ao vivo, no palco, com grandes telões e muita tecnologia para demonstrar simultaneamente as diferentes aplicações – conferindo cada vez mais segurança e conhecimento práticos, além da teoria.

Outra coisa muito interessante foi observar as preferências dos pacientes por diferentes tipos de resultados, dependendo da faixa etária e etnia. Por exemplo, mulheres afrodescendentes que possuem lábios volumosos procuram aumentar consideravelmente esse volume – que é naturalmente perdido ao longo dos anos. Já as francesas e italianas buscam somente um rejuvenescimento da região, sem volume, prezando pela naturalidade – um pedido muito comum na minha prática em consultório.

A geração Millennials tem procurado cada vez mais cedo por procedimentos estéticos e na maioria das vezes para destacar sua beleza e jovialidade. Porém, eles não têm medo de excessos e volumes, buscando sempre cada vez mais. É aí que o profissional precisa ter cautela, pois se não estivermos tratando um caso de assimetria ou má formação, vale realizar o procedimento de forma a realçar a beleza, mas sem provocar grandes transformações em pacientes tão jovens.

O que tudo isso tem em comum? Beleza e rejuvenescimento? Muito mais do que isso, o ser humano busca uma beleza que antes não era facilmente obtida. Além da beleza por si só, busca por confirmação e aceitação do meio em que está inserido.

Poucas décadas atrás, era impensável a quantidade de procedimentos que hoje somos capazes de realizar de forma leve e objetiva, sem grandes intervenções e longos períodos de recuperação. Porém, muito mais do que isso, nossa busca e realização se torna melhor quando temos, de fato, um aumento considerável na autoestima do paciente, que se torna mais confiante e seguro nos ambientes.

A estética vai além da beleza; sendo capaz de ajudar pessoas que sofreram traumas, doenças ou acidentes a recuperar a sua autoestima e confiança. A  harmonização facial – quando bem realizada – devolve a essas pessoas a vontade de viver e a segurança e felicidade de se olharem no espelho.

*Luisa Caser é Farmacêutica Esteta e especialista em Harmonização Facial. É natural de Florianópolis (SC), onde possui consultório, mas também atende na capital paulista.

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