O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) anunciou nesta quinta-feira (10) a condenação de um técnico de enfermagem a 12 anos, nove meses e dois dias de prisão em regime fechado. O homem foi julgado por tentar assassinar sua companheira enquanto ela estava internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Joinville, no Norte do estado.
De acordo com o MPSC, o réu, que era funcionário de outro hospital, usou sua posição para levar seringas e medicação exógena durante uma visita à esposa. Ele aplicou a substância na corrente sanguínea da mulher, uma ação que o júri reconheceu como tentativa de homicídio qualificado.
O técnico foi condenado considerando três qualificadoras: o emprego de meio cruel, o recurso que dificultou a defesa da vítima e a motivação de feminicídio. A decisão ainda permite recurso, porém o condenado não terá o direito de apelar em liberdade.
Foto: Banco de Imagens/Pixabay/Reprodução
A ocorrência
Segundo o MPSC, a injeção do medicamento resultou em cefaleia súbita, taquicardia, hipertensão, parada respiratória e convulsões à vítima. Devido à intervenção dos profissionais de saúde do hospital, a mulher sobreviveu ao ataque ocorrido em 25 de abril de 2015.
Após o crime, a investigação no local revelou a presença de três seringas não padronizadas e estranhas ao estoque do hospital, encontradas em um lixeiro próximo ao leito da vítima. Além disso, resíduos da substância injetada foram detectados no equipamento de soro utilizado na paciente, confirmando a manipulação do equipamento e a administração do medicamento não autorizado.
Investigação
Durante o indiciamento em julho de 2016, a Polícia Civil identificou que o motivo por trás da tentativa de homicídio cometida pelo técnico de enfermagem era de natureza patrimonial. Segundo as investigações, o acusado e a vítima estavam envolvidos em uma disputa judicial por um apartamento na época do crime.
O julgamento, realizado na quarta-feira (9), destacou a acusação contra o réu, enfatizando que ele explorou a vulnerabilidade da sua companheira, internada e incapaz de se defender, para administrar secretamente a medicação perigosa. O promotor Marcelo Sebastião Netto de Campos, ao apresentar os argumentos, ressaltou que o acusado manteve uma união estável com a vítima por 13 anos antes de pedir a separação.
“Após o crime, ele pediu a separação, enquanto ela ainda estava hospitalizada e sem suspeitas das intenções dele”, acrescentou o promotor, sublinhando a gravidade das ações do réu e a manipulação envolvida no caso.
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Fonte: Visor Notícias
Sobre o autor:
Emanuele Azevedo
Emanuele Vitória Azevedo Dutra é estudante de Jornalismo pela Universidade do Vale do Itajaí. Atua como assistente na redação do Visor Notícias.
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