SC é referência nacional com mais de 30% da população carcerária empregada durante reclusão
O programa de ressocialização inclui parcerias com o setor privado e agências governamentais, oferecendo treinamento e oportunidades de emprego aos detentos
Santa Catarina se destaca no cenário nacional pela eficácia de suas políticas de ressocialização, com 8.221 detentos, ou cerca de 33% de sua população carcerária, engajados em atividades laborais.
Este índice está bem acima da média nacional de 19%, segundo dados fornecidos pela Secretaria Nacional de Políticas Penais. Este sucesso é resultado das iniciativas da Secretaria da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) do estado, que tem sido reconhecida por seus esforços na reintegração dos presos à sociedade.
O programa de ressocialização em Santa Catarina inclui parcerias com o setor privado e agências governamentais, oferecendo treinamento e oportunidades de emprego aos detentos. Essas atividades não apenas ajudam no desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais, mas também promovem a empregabilidade dos internos, tanto dentro quanto fora das unidades prisionais.
“Aqui em Santa Catarina os presos trabalham. Não só em empresas privadas, como para o Estado também. A obra da Emergência do Hospital Celso Ramos foi feita usando mão de obra de detentos e isso acelerou o processo, gerou economia e devolveu pra população um serviço melhor. O trabalho é importante e temos apostado nisso para que voltem pra convivência em sociedade sem cair no crime novamente”, afirmou o governador Jorginho Mello.
Complexo Penitenciário Regional de Curitibanos, São Cristóvão do Sul – Foto: Eduardo Valente/SECOM
O secretário da SAP, Carlos Alves, destaca o compromisso do governo de Santa Catarina em oferecer oportunidades reais de recomeço para os internos, prevenindo o retorno ao crime. “Trabalho e educação são essenciais para a recuperação e inclusão social dos detentos. Ao aumentar as vagas disponíveis, proporcionamos uma nova chance para eles escolherem um caminho diferente após deixarem o sistema prisional”, explicou Alves.
A variedade de produtos originados nas prisões catarinenses abrange setores como indústria náutica, cosméticos, embalagens, marcenaria, têxtil e agrícola. Há uma expectativa positiva de que novas parcerias com empresas de diferentes áreas sejam estabelecidas nos próximos meses, o que ampliará as oportunidades de trabalho no sistema prisional do estado.
Outras atividades de ressocialização
Santa Catarina tem se destacado no fornecimento de oportunidades de trabalho e estudo para detentos, focando na ressocialização e reintegração. “Não somos apenas referência em atividades laborais; também estamos comprometidos em eliminar o analfabetismo no sistema prisional do estado. Atualmente, de 2.923 presos, apenas 60, ou 0,22%, são analfabetos,” ressaltou Carlos Alves, secretário da SAP.
Além disso, em outubro, será realizado o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL), um esforço contínuo para promover a educação formal entre os internos. “No último ano, tivemos a participação de 11.692 alunos no Encceja PPL, o que evidencia nosso compromisso com a educação como um pilar essencial para a reintegração social,” enfatizou Alves.
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Fonte: Visor Notícias
Sobre o autor:
Emanuele Azevedo
Emanuele Vitória Azevedo Dutra é estudante de Jornalismo pela Universidade do Vale do Itajaí. Atua como assistente na redação do Visor Notícias.
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