O governo de São Paulo decidiu restringir a abertura do comércio em várias regiões do estado para frear o avanço da nova onda de covid-19. A estratégia é diferente do que já foi feito até agora. Durante a semana, das 20 horas até as 6 horas somente serviços essenciais podem funcionar, como mercados, farmácias e postos de gasolina. Aos finais de semana, shoppings, bares e restaurantes precisam ficar fechados, assim como os parques.
Durante o horário comercial, ficam em vigor as regras locais, por região. A Grande São Paulo, por exemplo, está na fase 2 laranja, em que o comércio pode funcionar com capacidade reduzida, de 40% (veja as regras abaixo). As novas regras têm validade a partir da segunda-feira, 25, e vão até o dia 8 de fevereiro. A volta às aulas, que estava prevista para fevereiro, foi adiada.
Apesar do feriado municipal na capital paulista nesta segunda-feira, 25, os parques ficam abertos e valem as regras de dia útil, ou seja, o comércio pode abrir, com capacidade de 40%.
A reclassificação, feita de forma extraordinária, era tida como certa, por causa do aumento de internações em hospitais em todo o estado e foi confirmada pelo Centro de Contingência da Covid-19 em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (22).
“Temos alta transmissão em todas as regiões, com maior ou menor intensidade. A única maneira é diminuir a circulação das pessoas. Não há outra alterativa, precisamos reduzir a circulação para salvar vidas”, disse Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência, em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
Na fase 2 laranja – onde a Grande São Paulo está -, bares e restaurantes seguem impedidos de oferecer atendimento presencial, funcionando apenas por delivery. Shoppings, academias e salões de beleza podem funcionar durante 8h por dia, com 40% da capacidade, e os parques ficam abertos somente durante a semana.
Leitos de UTI
O que motivou essas mudanças foi a alta na ocupação de leitos de UTI. A taxa de ocupação em todo estado está em 71%. Entretanto, cidades do interior e da região metropolitana já não têm mais leitos de UTI disponíveis – é o caso de Américo Brasiliense, Artur Nogueira, Fernandópolis, Itatiba, Itaquaquecetuba, Pirassununga, Porto Feliz, Promissão e Socorro. Outros 58 municípios já superaram os 80% de ocupação, a maioria deles nas regiões de Marília, Sorocaba e Campinas.
Na Região Metropolitana de São Paulo, 71,6% dos leitos de UTI estão ocupados – chegando a 100% em alguns hospitais, como a Santa Casa.
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