keyboard_backspace

Página Inicial

Economia

Santa Catarina é o terceiro maior produtor de alho do país

O alho catarinense foi colhido entre dezembro e janeiro e segue agora em plena fase de comercialização

alho foto Aires Mariga Visor Notícias
Foto: Aires Mariga / Epagri

Com uma produção de 14.700 toneladas na safra 2020/21, Santa Catarina se mantém como o terceiro maior produtor de alho do país. A falta de chuva afetou a produção, mas a qualidade para o consumo foi garantida, apesar dos bulbos de menor calibre, o que reduz o preço no mercado. Por outro lado, a colheita foi marcada pela alta sanidade, o que permite aos produtores estocarem o produto por mais tempo, à espera de melhores preços para comercialização.

Segundo Jurandi Teodoro Gugel, analista da Epagri/Cepa, a estimativa inicial para safra de alho 2020/21 era de aproximadamente 20 mil toneladas. Contudo, a estiagem afetou a produção e forçou, em alguns períodos, que muitos produtores racionassem água para irrigação em função do desabastecimento dos reservatórios e mananciais. A falta de chuvas desde o período de plantio contribuiu para a redução na área cultivada, o que impactou negativamente o total produzido. Na safra anterior, Santa Catarina havia produzido 16.400 toneladas da hortaliça.

Apesar dos problemas climáticos ocorridos em praticamente todo o ciclo da cultura, como estiagem, vendavais e granizo, que se refletiram na quantidade e qualidade comercial da hortaliça, a safra catarinense está trazendo bons resultados econômicos para a maioria dos produtores catarinenses, que têm conseguido comercializar o produto com valor acima do custo médio de produção, que foi de R$6,66 o quilo para muitas propriedades.

O alho catarinense foi colhido entre dezembro e janeiro e segue agora em plena fase de comercialização. Jurandi relata que no início de abril os produtores catarinenses haviam comercializado 55% dos seus estoques, o que é considerado um ritmo lento. “Esse alho foi produzido em período mais seco, o que lhe deu melhor sanidade, permitindo mais tempo de armazenamento” descreve o analista. Assim, os agricultores seguem uma estratégia de comercialização escalonada, na busca de um preço mais favorável para colocar a produção no mercado.

Oferta e demanda

Em 2019 o Brasil produziu 131 mil toneladas e consumiu 296 mil toneladas de alho, o que forçou o país a importar 165 mil toneladas. “Produzimos menos da metade do consumido naquele ano e, para 2020, especula-se que o consumo tenha chegado a 330 mil toneladas”, relata Jurandi. Ele explica que o Brasil precisa superar alguns gargalos para produzir mais.

Segundo o analista da Epagri/Cepa, é necessário reduzir o custo de produção da hortaliça no território nacional. Dentre outras questões, “automatizar o plantio poderia ser uma solução, pois é uma atividade que demanda muita mão de obra, que muitas vezes só a família agricultora não supre, é preciso contratar” detalha.

Jurandi lembra que o uso de sementes de qualidade é outro diferencial para elevar a produção. Nesse sentido, ele destaca o estudo da Epagri, em parceria com a Embrapa, para desenvolvimento de sementes de alho livre de vírus. “Essa é a principal tecnologia que tem contribuído para o aumento da produtividade da hortaliça no Brasil”, destaca.

Com mais produção, o Brasil poderia fazer frente ao produto chinês, que chega ao Brasil com preços muito baixos, e também ao produto da Argentina, nossos principais fornecedores. “A China produz 77% de todo o alho mundial, eles dão as cartas no mercado internacional”, atesta Jurandi. Ele lembra que, apesar da política antidumping nacional, que taxa o quilo do alho chinês em US$ 0,78, o produto ainda chega no Brasil a um preço baixo. Em contrapartida, o alho chinês é de qualidade muito inferior ao produto nacional e o consumidor brasileiro vem dando cada vez mais importância a essa questão, na avaliação do analista.

De acordo com Jurandi, Santa Catarina é o berço nacional da cultura do alho, que iniciou na região de Curitibanos. Por isso, o Estado segue até hoje como uma referência em produção e pesquisa nessa cadeia produtiva. Para a próxima safra o analista prevê um discreto crescimento na área plantada no Estado, de 3% a 5%. “Mesmo com os problemas climáticos que o Estado seguidamente enfrenta e os desafios técnico-produtivos, a cultura ainda encontra um ambiente positivo em Santa Catarina, do ponto de resultado econômico da produção”, avalia ele.

Quer receber as notícias em tempo real?

Clique aqui para entrar no nosso grupo do WhatsApp e fique sempre bem informado.

⚠ ATENÇÃO: Caso não esteja conseguindo clicar no link das notícias, basta adicionar um administrador do grupo em sua lista de contatos.

Fonte: Visor Notícias

Sobre o autor:
Redação
Redação Visor Notícias
Visor Notícias é um portal com notícias e reportagens sobre o dia a dia do Litoral Norte e Grande Florianópolis criado em 2016.

Experimente um jeito prático de se informar: tenha o aplicativo do Visor Notícias no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples, intuitivo e gratuito!

Economia

Rendimento com aluguel em SC cresceu 16,5% em 2023

Pesquisa do IBGE mostra crescimento do rendimento após 2 anos seguidos de queda

Economia

Empresa de energético de SC fecha parceria com bilionário João Adibe dono da Cimed

Gigante do setor farmacêutico e Baly Brasil vão lançar juntas Energético Flynow

Economia

Itapema comemora 62 anos como uma das principais economias do estado

Além do crescimento econômico, a cidade se destacou pelos avanços na infraestrutura, saúde, mobilidade urbana, segurança e educação

Economia

Porto de Santa Catarina lidera produtividade nacional

Resultado recorde do terminal foi alcançado em meio às obras de ampliação

Economia

Sicredi está entre as cinco melhores instituições financeiras do Brasil no ranking da Forbes 

O Sicredi se destacou, principalmente, pelo seu compromisso com o atendimento personalizado e soluções digitais inovadoras

Mais notícias

Segurança

Uma mulher foi morta a cada 4 dias e meio em março em SC

Do total de 20 feminicídios, 10 ocorreram apenas em março deste ano