Militares russos anunciaram que os separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia estão ganhando terreno contra as forças de Kiev, depois da invasão de tropas russas no início da manhã desta quinta-feira (24). Em resposta à invasão russa, o governo ucraniano ordenou o posicionamento de tanques de guerra na Praça da Independência, conhecida como Maidan, na área central da capital Kiev.
De acordo com o general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa russo, os rebeldes avançaram 3 km na região de Donetsk e 1,5 km em Lugansk. O general assegurou que o exército russo não está atacando cidades ucranianas, está atingindo a “infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e de aviação” com armas de “alta precisão”. Segundo informações das autoridades locais, a Ucrânia teria relatado a morte de pelo menos 40 soldados. Outras 18 pessoas morreram em uma localidade da região de Odesa, no sul da Ucrânia, após a invasão russa.
Nível máximo de restrições
Os militares serão responsáveis pela checagem de documentos e monitoramento da cidade. A Ucrânia está sob decreto de estado marcial, quando regras militares substituem as leis civis comuns de um país, ou seja, nível máximo de restrições.
A secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, disse na manhã desta quinta (24) via rede social que convocou o embaixador russo no país para explicar a invasão à Ucrânia, algo que ela descreveu como sendo “ilegal”. Truss afirmou ainda que serão impostas severas sanções à Rússia e vai buscar apoio de países à Ucrânia.
Pessoas tentam deixar Kiev
Após o início da invasão russa a várias partes do país, milhares de moradores tentam deixar a capital ucraniana, Kiev. Há imagens de congestionamentos enormes nos corredores de saída da cidade. Moradores estão percorrendo supermercados tentando comprar mantimentos e milhares de pessoas lotam estações de ônibus, trens e metrô, a maioria com bagagem de mão tentando deixar a cidade.