A possível desistência de João Doria à corrida eleitoral pelo Palácio do Planalto aprofunda as rachaduras internas no PSDB e aumenta a pressão sobre o partido na tentativa de retomada do protagonismo político.
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, enviou uma carta aos principais líderes da sigla, nesta quinta-feira, 31, na qual afirma que o governador de São Paulo, João Doria, será o candidato do partido à Presidência da República.
A declaração em um dia de muita especulação de que o gestor paulista desistirá de sua postulação ao Palácio do Planalto.
“Venho, por meio desta, reafirmar que o candidato a Presidente da República pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) é o Governador do Estado de São Paulo, João Doria, escolhido democraticamente em prévias nacionais realizadas em novembro de 2021. As prévias serão respeitadas pelo partido. O governador tem a legenda para disputar a presidência da República. E não há, nem haverá qualquer contestação à legitimidade da sua candidatura pelo partido. Aproveito a oportunidade para reafirmar o compromisso do PSDB com o processo democrático brasileiro. O PSDB é consciente de seu protagonismo em contribuir com o fim da polarização hoje existente no país”, diz a íntegra do documento.
Pela manhã circulou fortemente a notícia da desistência de Dória. No começo da tarde ele disse à Folha de São Paulo que continha na disputa. A desistência, no entanto, teria sido confirmada ao vice-governador, Rodrigo Garcia, nesta quarta. 30
“Essa decisão não está sacramentada e possivelmente não será concretizada, disse Dória à Folha de São Paulo
A possível desistência de João Doria à corrida eleitoral pelo Palácio do Planalto aprofunda as rachaduras internas no PSDB e aumenta a pressão sobre o partido na tentativa de retomada do protagonismo político. O movimento de divisão no tucanato já havia sido escancarado no fim do ano passado em meio à sequência de polêmicas para a realização das prévias que indicariam o candidato da sigla à eleição presidencial. A disputa entre Doria e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se arrastou por meses e ficou especialmente marcada pela troca mútua de acusações de tentativas de desestabilizar o pleito.