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Projeto internacional de astronomia com participação da UFSC descobre estrela rara

O software desenvolvido, chamado Chimera, é gratuito, e está acessível em https://github.com/astroufsc/chimera.

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Foto: Favio Faifer

O professor e pesquisador Antonio Kanaan, do Departamento de Física, e dois ex-alunos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão envolvidos em um projeto internacional de astronomia que acaba de descobrir uma estrela ultra pobre em elementos químicos que desafia os modelos de evolução das primeiras estrelas do universo. Kanaan é um dos cientistas-chave (builders) do projeto S-PLUS (Southern Photometric Local Universe Survey, ou Levantamento Fotométrico do Universo Local Sul).

O S-PLUS está mapeando o céu austral a partir de Cerro Tololo (Chile), com um telescópio robótico de 86 centímetros de diâmetro. Os pesquisadores da UFSC estão envolvidos desde a instalação do telescópio e também no desenvolvimento de um software para robotização do equipamento.

“Das pessoas da UFSC sou quem está há mais tempo nesse projeto”, diz o professor Kanaan. De acordo com ele, a professora Claudia Oliveira, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG-USP), foi quem reuniu o grupo para a criação do S-PLUS. Entre os builders estão também William Schoenell, ex-aluno de graduação e mestrado da UFSC, atualmente no Giant Magellan Telescope (gmto.org), Estados Unidos, e Tiago Ribeiro, ex-aluno de graduação, mestrado e doutorado na UFSC, hoje no Vera Rubin Telescope (lsst.org), Estados Unidos.

“Hoje dezenas de pessoas trabalham no S-PLUS. O William, o Tiago e eu trabalhamos na instalação do telescópio até fazê-lo funcionar”, conta o professor Kanaan. Os dois ex-alunos da UFSC tiveram grande envolvimento direto no projeto e moraram no Chile durante a fase inicial de implementação. “A gente desenvolveu, sob minha liderança, aqui na UFSC um software de robotização de telescópios. Esse programa foi adotado no telescópio desde o primeiro dia”, revela o pesquisador.

O software desenvolvido, chamado Chimera, é gratuito, e está acessível em https://github.com/astroufsc/chimera. De acordo com a descrição na página, “Chimera é um pacote de controle de observatórios astronômicos, visando a criação de observatórios remotos e até autônomos (“robóticos”) de forma simples. Usando Chimera você pode facilmente controlar telescópios, câmeras CCD, focadores e cúpulas de uma forma muito integrada”.

“O cerne do Chimera foi escrito por um ex-estudante, Paulo Henrique Silva de Santana, que largou do curso de física logo no começo”, conta o professor, acrescentando que ele continuou colaborando com o projeto por muitos anos e até hoje é consultado às vezes para solução de problemas. “William e Tiago, além de todas as questões do telescópio em si, fizeram com que o sistema de robotização funcionasse na prática no telescópio, ajustando milhares de detalhes”.

Esse mesmo sistema é usado no Observatório da UFSC, onde foi desenvolvida a maior parte do programa, e também no Observatório do Pico dos Dias (www.lna.br), em Minas Gerais, que possui um telescópio de 40 centímetros. O observatório da UFSC voltará a ser aberto à visitação pública todas as quartas-feiras à noite assim que a pandemia passar.

Ondas gravitacionais

O pesquisador da UFSC destaca a grande contribuição científica trazida pelo telescópio de Cerro Tololo. “Com esse mesmo telescópio ajudamos a encontrar a galáxia de onde vieram as ondas gravitacionais de uma certa explosão detectada pelo LIGO, o detector de ondas gravitacionais”. LIGO é a sigla em inglês para o Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser, da National Science Foundation (NSF), dos Estados Unidos. “Foi uma pequena contribuição no meio de um mar de gente – são cerca de 4.000 autores no artigo -, mas um negócio super importante”, diz Kanaan.

Antônio Kanaan tem experiência na área de Astronomia, com ênfase em Astrofísica Estelar, atuando principalmente nos seguintes temas: anãs brancas, instrumentação astronômica, pulsações, astrofísica e espectroscopia, segundo informações do seu currículo Lattes. No mesmo Departamento de Física da UFSC, também estão envolvidos no S-PLUS o professor Roberto Saito, que trabalha com estrelas variáveis e a estrutura da Via-Láctea e o professor Roberto Cid com populações estelares em galáxias distantes entre 50 e 100 milhões de anos-luz, considerado “universo não muito distante” pelas peculiares unidades de medida da Astronomia.

Veja o texto do pesquisador Cássio Leandro Barbosa, da Fundação Educacional Inaciana Padre Saboia de Medeiros (FEI) sobre a descoberta astronômica.

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Fonte: Visor Notícias

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