A Justiça recebeu a denúncia de estupro contra o prefeito da cidade de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM). No boletim de ocorrência registrado no último dia 09 de outubro, uma ex-funcionária comissionada da Secretaria de Turismo da cidade acusa o prefeito de a ter abusado no local de trabalho. Agora, a Procuradoria-Geral do Ministério Público tem a atribuição de abrir investigação contra Loureiro.

A ex-funcionária relata que os abusos teriam iniciado no ano de 2017. Na ocasião, o prefeito teria tentado tocar suas partes íntimas. Em 2018, ele teria trancado a mulher na sala do secretário de Turismo e praticado conjunção carnal.

O último caso teria acontecido em 10 de outubro de 2019. A mulher informou que, quando soube que o prefeito faria um atendimento na sala do secretário de Turismo, ela decidiu colocar o celular para gravar. A polícia está em posse das imagens da ocasião, que mostram, segundo informações, conjunção carnal.

Segundo o relato, a mulher afirma ter ficado em choque, por isso não contou a ninguém. Ela adquiriu crises de pânico e procurou ajuda médica para lidar com o trauma.

O prefeito se defende

Um dia após a denúncia vir à tona, Gean Loureiro se pronunciou sobre a situação e chamou a denúncia da ex-servidora de uma “avalanche de mentiras”. O vídeo de Gean foi divulgado na madrugada desta quinta-feira (29). Nele, o prefeito confirmou que teve um relacionamento fora do casamento em 2019, mas defendeu que foi algo consensual.

“Eu e minha família fomos surpreendidos de uma forma rasteira e violenta. Fui acusado por algo que abomino com todas as minhas forças. Nunca em toda a minha vida eu cometi um ato de violência contra quem quer que seja”, afirmou o prefeito.

Loureiro, que é casado e pai de duas filhas, confirmou que teve um relacionamento fora de seu casamento. “É um assunto que eu e minha esposa já havíamos tratado dentro da nossa casa, lugar de onde esse assunto jamais deveria ter saído”.

O atual prefeito de Florianópolis é candidato à reeleição da Capital e comentou, ainda, que a acusação é uma armação eleitoral. “Eu não vou me calar diante dessa tentativa desesperada, essa armação eleitoral da qual estou sendo vítima. A poucos dias da eleição estão tentando transformar em crime um ato consensual entre dois adultos que aconteceu lá em 2019”.

O prefeito Gean tem prerrogativa de foro privilegiado, portanto o caso foi encaminhado direto para o Tribunal de Justiça que por sua vez provocou o Ministério Público a se manifestar sobre as acusações.

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