Ex-diretor que firmou acordo de colaboração premiada revelou que funcionários dos bancos, em conjunto com diretores da empresa, teriam manipulado balanços.
A Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação para apurar o envolvimento de funcionários dos bancos Santander e Itaú no esquema que gerou um rombo superior a R$ 20 bilhões na Americanas. A apuração ocorre após o Ministério Público Federal (MPF) denunciar 13 ex-executivos da varejista por fraudes contábeis.
Segundo reportagem do portal Metrópoles, assinada pelo jornalista Fábio Serapião, a nova linha de investigação surgiu a partir do depoimento de Fabio Abrate, ex-diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, que firmou um acordo de colaboração premiada. Ele revelou que funcionários dos bancos, em conjunto com diretores da empresa, teriam manipulado os balanços para ocultar dívidas associadas a operações de “risco sacado”.
Essa modalidade de crédito, comum no varejo, permite que empresas obtenham financiamento bancário para quitar pagamentos a fornecedores. No caso da Americanas, essas operações teriam sido registradas de forma irregular nos demonstrativos financeiros, com o suposto aval de funcionários do Santander e Itaú. Abrate afirmou que, sem essa colaboração, as fraudes teriam sido descobertas mais cedo.
Ainda de acordo com a reportagem do Metrópoles, a PF já identificou comunicações entre ex-diretores da Americanas e funcionários dos bancos, indicando a tentativa de alterar documentos para encobrir as irregularidades. O grupo criminoso teria cooptado bancários para modificar cartas de circularização, garantindo que as fraudes permanecessem ocultas.
Até o momento, Santander e Itaú não se manifestaram sobre as investigações.
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