Um grupo de 10 pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) voltou para o habitat natural, na manhã desta quarta-feira (14), na Praia do Moçambique, em Florianópolis. Este é o terceiro grupo a ser liberado este ano desde meados de outono, início da temporada anual de migração dos pinguins desde a Patagônia/Argentina.
As aves soltas haviam sido resgatadas no litoral catarinense entre junho e agosto, pelas equipes do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) e foram reabilitadas no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3Animal), em Florianópolis.
Das 10 aves, três foram resgatadas pela equipe do PMP-BS junto à Universidade de Joinville (Univille), na região de São Francisco do Sul. O Instituto Australis foi o responsável pelo resgate de duas aves, número igual ao resgatado pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali). A equipe do PMP-BS junto a Universidade do Estado de SC (Udesc) resgatou três pinguins. Todas as instituições junto com a R3 Animal executam o PMP-BS no Estado.
O primeiro grupo liberado nesta temporada 2020, com 20 pinguins, ocorreu no dia 3 de agosto. A segunda leva ocorreu no dia 24 de agosto, com 13 pinguins. Em 2019, 67 pinguins foram reabilitados com sucesso e soltos pela R3 Animal. Todos os pinguins passaram por exames complementares, realizaram o teste de impermeabilização das penas e receberam um microchip com um número de identificação.
Os pinguins que encalham nas nossas praias, em sua grande maioria, são animais juvenis, estão em seu primeiro ano de vida e encaram pela primeira vez a longa viagem de migração.A falta de experiência dos jovens pode causar dificuldade em se alimentar, muitos se perdem dos bandos e ficam debilitados, encalhando nas praias. Há também aqueles que interagem com petrechos de pesca. Mesmo não sendo fauna alvo de pescarias eles podem ser capturados incidentalmente. É a chamada captura bycatch, ou seja, não intencional.
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