Um crime brutal chocou o país. Uma criança de 10 anos foi assassinada pelo padrasto. A morte da criança foi autorizada pela mãe, como uma espécie de “sacrifício”, para que a gravidez dela “desse certo”. O fato foi registrado na quinta-feira (26), em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG).
O corpo de Ana Lívia foi encontrado no mesmo dia e estava enrolado na capa de um colchão, embaixo da cama, em um barracão, no bairro Perobas. Os policiais logo descobriram que o imóvel havia sido alugado pela mãe e pelo padrasto da vítima, que fugiram do local.
A polícia descobriu também que a outra filha da dona de casa, de apenas 4 anos, foi morta há seis meses, com a permissão da mãe, pelo mesmo motivo. O corpo da menina ainda não foi localizado.
“A equipe conseguiu, através de um papel, identificar o homem e o encontramos. Na primeira abordagem, ele demonstrou bastante nervosismo. Na delegacia, após contradições, inicialmente ele confessou a ocultação do corpo. Depois ele acabou admitindo que tinha matado a Ana. Ele alegou que recebe algumas entidades espirituais e que elas, como forma de penitência pela gravidez, haviam exigido, como forma de sacrifício, a morte da criança. Depois ele disse que foi uma explosão emocional. Mãe e filha teriam discutido, e a menina empurrou a mãe”, explicou o delegado Anderson Resende Kopke.
O corpo de Ana Lívia tinha sinais de espancamento, sangramento na região genital (em função das agressões), queimaduras de cigarro, traumatismo intracraniano e diversas fraturas. Enquanto o padrasto da vítima prestava depoimento, a mulher recebia atendimento em um hospital de BH, por causa da gravidez.
Levada para a delegacia para depor, a mulher inicialmente se negou a cooperar. Em seguida, após permissão do marido, ela relatou o que havia acontecido, confirmado a discussão com a filha e o espancamento do qual a menina foi vítima. Enquanto a filha agonizava, a mãe foi esquentar o jantar para o companheiro.
Morte da filha caçula
Ainda no depoimento, a mulher admitiu que a filha caçula, Stefany, também foi vítima do mesmo ritual religioso. O crime teria acontecido entre o final de fevereiro e o início de março, em Divinópolis, no centro-oeste de Minas. “A mãe alegou que a Stefany teria sido espancada e morta pelo atual companheiro também respondendo à entidade espiritual. Nesse época, ela [a mulher] estava grávida, perdeu o feto, e a entidade teria exigido como penitência para uma nova gestação vitoriosa que a Stefany fosse eliminada” – detalhou o delegado.
Já com a menina morta, o casal se deslocou para a Região Metropolitana de BH, para se desfazer do corpo. Em seguida, foi passear em Porto Seguro, na Bahia, com Ana Lívia, que havia testemunhado a morte da irmã. O homem e a mulher chegaram a tirar fotos na praia.
O homem é extremamente frio, sem arrependimento. [Para] A mãe ainda não caiu a ficha [de] que participou dessas torturas, desses maus-tratos. Ela não se dá conta [de] que o companheiro é um ser humano, e não uma entidade espiritual. Ela não queria a morte das filhas, mas ela aceita – finalizou Kopke. Os dois irão responder por homicídio, tortura e ocultação de cadáver. As informações são do portal Pleno News.
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