Justiça aceita denúncia por tortura contra trio que mantinha menino acorrentado no barril
Em depoimento, para Polícia Civil, o menino de 11 anos, eu ficou preso e amarrado em um barril por cerca de um mês, relatou que o castigo aconteceu por ele ter pegado comida “que não era autorizada” dos pais. A criança ficou amarrada com correntes e cadeado. Esse caso, que chocou o Brasil, aconteceu em Campinas, interior de São Paulo, em dezembro de 2020.
Os investigadores também ouviram vizinhos que informaram que desde alguns dias antes do Réveillon não tinham contato com o menino, que sempre brincava na rua e era um garoto ativo. Os relatos coincidiram com o que o jovem disse à equipe médica do Hospital Ouro Verde, quando foi internado em 30 de janeiro: tinha visto a passagem de ano dentro do barril.
A investigação ainda aponta que o menino não estava matriculado em nenhuma unidade escolar municipal ou estadual em Campinas no ano de 2020. O garoto segue aguardando definição da Vara da Infância e Juventude sobre seu futuro.
A Justiça aceitou a denúncia por tortura contra o trio acusado de manter a criança acorrentada. Agora réus, o pai do garoto, a madrasta e a filha dela estão presos preventivamente por tortura e omissão. A denúncia havia sido apresentada na última sexta-feira (12) pelo Ministério Público (MP), que confirmou nesta terça (16) que a Justiça aceitou o pedido no mesmo dia. O processo agora tramita em segredo de Justiça.
A ação da promotora Adriana Vacare Tezine atribui, ainda, o crime de abandono intelectual ao pai, já que ele não matriculou nem manteve o filho na escola em 2020. “A denúncia cita o resultado de exame de corpo de delito, que apontou na criança lesões causadas por agentes contundentes e corto-contundentes”, informou o MP.
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