Programa servia para evitar o monitoramento da polícia. Além disso, dentro dele havia o controle financeiro da facção
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira (25) a operação “Network 2”. A ação visa cumprir 14 mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça contra integrantes de uma organização criminosa catarinense voltada à prática de diversos tipos de crimes, como tráfico de drogas e o comércio ilegal de armas de fogo. O balanço da manhã indica 12 presos e duas pessoas estão foragidas. Um dos presos nesta quinta-feira é um integrante da organização que, em tese, criou uma espécie de aplicativo próprio para a comunicação interna entre faccionados. .
A operação é da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/PCSC) e conta com a participação de Delegacias da Diretoria de Polícia do Interior (DPOI/PCSC). Durante a investigação, iniciada em 2019, com compartilhamento de informações entre a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Lages e a DRACO/PCSC, foram observadas negociações ilegais de armas de fogo e a comercialização de grande quantidade de drogas por integrantes da organização criminosa.
De acordo com o delegado Antonio Claudio Seixas Joca, coordenador da Draco, o programa servia para evitar o monitoramento da polícia. Além disso, dentro dele havia o controle financeiro da facção, como as dívidas dos membros. O aplicativo era baixado no celular pelos integrantes do grupo criminoso que tem seu núcleo central dentro do sistema prisional catarinense. A operação desta quinta-feira também teve desdobramentos na Serra catarinense. Os policiais apuraram que membros da facção se reuniam em Lages para uma espécie de “tribunal” que definia o destinos de integrantes endividados, por exemplo. Mandados foram cumpridos também em Biguaçu, na Grande Florianópolis
Participam da operação 60 policiais civis, entre as equipes da DEIC/PCSC e das Delegacias da DPOI/PCSC e das regiões de Lages e Curitibanos.