Dois homens foram condenados pelo Tribunal do Júri em Braço do Norte, por envolvimento no assassinato de uma mulher, ocorrido em 2023. Um dos réus, responsável pela asfixia da vítima e ocultação do corpo, recebeu pena de 21 anos e oito meses de prisão. O segundo réu foi condenado a dois anos e seis meses por ocultação de cadáver e coação. As autoras do crime, a atual namorada e a ex-sogra da vítima, ainda serão julgadas.
A notificação dos dois homens foi resultado de um julgamento que durou mais de 20 horas, onde os jurados acolheram integralmente as acusações do Ministério Público. A ação criminosa, que incluía cárcere privado, tortura e assassinato, foi motivada por desavenças pessoais. O corpo da vítima foi enterrado duas vezes para dificultar a localização. As duas mulheres envolvidas no crime tiveram o julgamento adiado após a defesa abandonar a sessão, sendo acusadas de apresentar provas fora dos autos.
Contexto do crime
A ação criminosa começou no dia 21 de janeiro de 2023, quando três dos réus privaram a liberdade da vítima, mantendo-a em cárcere privado. As duas mulheres e o réu condenado a 21 anos teriam atraído a vítima por um perfil falso nas redes sociais para um encontro, alegando que teriam um recado para dar a ela vindo do ex-companheiro, que está preso. Ao chegar ao ponto de encontro, a mulher foi surpreendida pelos três criminosos, que bateram com o carro na bicicleta em que ela estava e a sequestraram para dentro do veículo que pilotavam.
A partir de então e até o dia 23 de janeiro, a vítima foi mantida em cárcere privado, sendo agredida e privada de cuidados indispensáveis, como alimentação e água, e em determinados momentos teria sido mantida amarrada e amordaçada. As agressões e o estrangulamento praticados contra ela resultaram na morte.
Ocultação de cadáver
Após a morte, o corpo da vítima foi ocultado pelos criminosos em dois locais e momentos distintos. Ainda no dia de 23 de janeiro, em um sítio na cidade de Braço do Norte, as duas mulheres e um dos homens enterraram o corpo da vítima a fim de que não fosse localizado.
Após esse fato, já com a participação do quarto réu, que foi condenado à pena de pouco mais de dois anos, eles desenterraram o cadáver e o transportaram para um outro local, onde novamente o ocultaram, enterrando-o em uma cova envolto em material plástico e um cobertor. A região conta com mata fechada e, portanto, é de difícil acesso. No intuito de assegurar que não fosse descoberto, os réus colocaram cal sobre o cadáver.
Qualificadoras e possíveis motivações do crime
O crime foi cometido por motivo torpe, uma vez que as duas mulheres teriam desavenças anteriores com a vítima, que era ex-companheira do atual namorado de uma delas. O ex-companheiro da vítima foi preso por ter causado um incêndio na residência da própria vítima em 2020, o que teria feito com que as duas mulheres a responsabilizassem pela prisão.
O crime também foi cometido por meio de recurso que dificultou a defesa da vítima, tendo em vista a superioridade numérica dos autores, com maior força física e com meio cruel, causando intenso sofrimento físico e mental à vítima, que foi mantida refém antes de ser morta.
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