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História: o dia em que Lopes Vieira foi excluído da Força Pública

A história de uma instituição não é escrita da noite para o dia. Ela é construída com ações e esforços de idealistas e colaboradores que muitas vezes acabam não sendo reconhecidos diante de tudo o […]

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A história de uma instituição não é escrita da noite para o dia. Ela é construída com ações e esforços de idealistas e colaboradores que muitas vezes acabam não sendo reconhecidos diante de tudo o que já foi feito. Esforços e conquistas que o tempo não pode apagar.

Hoje vamos conhecer um pouco da história do coronel Pedro Lopes Vieira, que, há exatos 90 anos, em 6 de novembro de 1930, foi exonerado do comando da corporação, demitido do posto de coronel e excluído da Força Pública. Posteriormente, ele veio a ser reintegrado e reformado administrativamente, no dia 18 de abril de 1933, conforme narrado no livro “No tempo do Coronel Lopes”, escrito pelo historiador Edmundo José de Bastos Júnior, que é coronel da reserva e veterano da PMSC.             

Pedro Lopes Vieira nasceu no dia 9 de julho de 1899, em Atalaia, Alagoas. Foi deputado constituinte de 1947, deputado estadual na Assembleia Legislativa de Santa Catarina e prefeito nomeado de Florianópolis no século XX. Também alcançou o posto de comandante-geral da Polícia Militar e foi responsável pela criação da Academia de Polícia Militar da Trindade e do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC).

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Ingressou no Exército Brasileiro ainda jovem, onde alcançou a graduação de sargento-ajudante. Em 29 de outubro de 1920, ingressou na Força Pública de Santa Catarina (atual Polícia Militar), no posto de 2º sargento e, no dia seguinte, passou a 2º tenente. Foi delegado de polícia em diversos municípios catarinenses.

Em 1924, enquanto capitão, comandou a 2ª Companhia Isolada no município de Porto União. Foi responsável pela organização e pelo comando do 2º Batalhão de Infantaria, que integrou as tropas legalistas contra a Revolta Paulista insurgida naquele ano.

Pelos relevantes serviços prestados foi promovido ao posto de major. Logo em seguida, no dia 15 de junho de 1925, dois dias depois do retorno de sua unidade a Florianópolis, foi promovido a tenente-coronel, por ato de bravura.

Dias depois, assumiu o Comando-Geral da Força Pública e, já no dia seguinte, propôs ao Governo do Estado a reorganização da corporação.

Em pouco mais de cinco anos transformou a Força Pública. Se focou no preparo, na aquisição de equipamentos, em benfeitorias às instalações. 

Como coronel foi responsável pelo primeiro exame de recrutas da Força Pública, que se estabeleceu como a única forma de acesso aos postos de cabo e de sargento combatentes.

Em seu comando instalou a Escola Regimental Marechal Guilherme, que contava com curso de alfabetização e ensino de 1º a 3º grau. Criou a biblioteca, posteriormente denominada Capitão Osmar Romão da Silva, o Curso de Preparação Militar e Aperfeiçoamento de Oficiais (hoje Academia de Polícia Militar da Trindade), e a seção de Bombeiros (hoje Corpo de Bombeiro Militar de Santa Catarina). Além disso, implantou o serviço de radiocomunicação em Florianópolis e em duas companhias isoladas.

Na área da saúde, além da criação de uma farmácia, que fornecia medicamentos aos policiais e seus familiares, também criou uma escola para enfermeiros e a Enfermaria Regimental, devidamente equipada, com quartos para oficiais e sargentos e amplas salas para as demais praças. Na época, também instalou um “gabinete dentário”.

Criou uma cantina, com loja, armazém, padaria e açougue, e uma caixa beneficente, que tinha como propósito amparar, através de pensão, as viúvas e outros dependentes dos policiais. Através da “Caixa Beneficente”, fez construir uma Vila Militar, com oito casas, para residência de oficiais e sargentos.

Em 6 de novembro de 1930, dias depois da vitória do movimento revolucionário, perante o qual a tropa sob seu comando foi rendida, ele acabou exonerado de seu cargo, demitido do posto de coronel e, consequentemente, excluído da Força Pública.

Além da vida na caserna, filiado ao Partido Social Democrático (PSD), foi nomeado prefeito de Florianópolis pelo Governo Estadual, de 15 de março de 1945 à 16 de julho de 1947.

Também pelo PSD, foi eleito deputado constituinte para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, com 4.523 votos, e deputado estadual à 1ª Legislatura (1947-1951).

Pedro Lopes Vieira faleceu no dia 30 de agosto de 1959. Seu nome foi dado a uma rua da Capital e ao 1º Batalhão da Polícia Militar. Em 23 de novembro de 1984, a Lei nº 6443 instituiu a Medalha “Coronel Lopes Vieira”, destinada a homenagear oficiais e praças da Polícia Militar, ou militares das Forças Armadas e militares estaduais de outras corporações, nacionais ou estrangeiras, civis ou instituições, que se distinguam, por ato ou trabalho excepcional, no exercício da profissão, em prol da corporação ou da coletividade.

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Fonte: Visor Notícias

Sobre o autor:
Silvio
Silvio Matheus
Silvio Matheus é jornalista. Estudou jornalismo na Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) e trabalhou como Assessor de Imprensa da Prefeitura de Itapema, Assessor da Câmara de Vereadores de Itapema e editor do jornal diário O Atlântico. Desde 2019 trabalha como jornalista, editor e filmmaker no site de notícias Visor Notícias.

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