No dia 13 de janeiro, o corpo do pescador Marcelo da Silva Barbosa, de 38 anos, que desapareceu na praia da Barra da Tijucas (RJ), foi encontrado na Praia Mole, em Florianópolis, a 700 km de onde desapareceu. Ele ficou 44 dias em alto mar.
Em 25 de fevereiro, a embarcação pesqueira da Capital catarinense encontrou o corpo, que foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal). Marcelo e outros dois amigos haviam saído para pescar e não retornaram para casa. Segundo o UOL, as outras duas vítimas seguem desaparecidas.
Apesar do avançado estado de decomposição, parte do corpo foi preservada por causa da roupa de mergulho em material emborrachado usada por Marcelo. Familiares do pescador fizeram uma vaquinha para levar o corpo ao Rio de Janeiro, onde morava. O enterro ocorreu na a zona norte da Capital fluminense, na segunda-feira (1º).
Como o corpo chegou em Florianópolis
A explicação para o corpo de Marcelo aparecer tão distante do local em que desapareceu e permanecer tanto tempo à deriva deve-se à distância da praia e à época do ano, segundo o professor aposentado do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e PhD em Ciências Oceânicas Aplicadas, Eloi Melo.
Conforme informações do UOL, Marcelo estava a 60 km da costa quando ocorreu o naufrágio da embarcação. o que influenciou diretamente na direção para qual o corpo foi levado.
“A 60 km da costa, o naufrágio ocorreu ainda na plataforma continental — como se fosse uma rampa inclinada mar adentro — e à medida que você se afasta da costa, as profundidades vão aumentando e encontram o talude continental, com profundidades maiores”, explica o professor.
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