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Em Santa Cataria serão aplicados R$ 360 mil do orçamento estadual para pesquisas
Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) irá integrar duas chamadas públicas nacionais que irão destinar recursos para pesquisas sobre o ecossistema brasileiro. Em Santa Cataria, além do valor investido pelo Governo Federal, serão aplicados outros R$ 360 mil do orçamento estadual.
“Esses editais foram articulados através da interlocução do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa, o Confap, da qual a Fapesc é membro, e o CNPq. Essas chamadas públicas são essenciais para o desenvolvimento da pesquisa na área biológica, da biodiversidade, e para Santa Catarina não é diferente. Temos uma biodiversidade relevante e a Fapesc quando apoia de forma suplementar esses projetos mostra a força que a ciência de Santa Catarina tem e a importância que esse tema tem para o nosso Estado”, destaca o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen.
O Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD) é uma parceria do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e tem o objetivo de selecionar propostas para apoio financeiro a projetos de sítios de pesquisa ecológica de longa duração em ecossistemas brasileiros e que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico do país.
O PELD financia uma rede de sítios de pesquisa distribuídos nos diferentes biomas brasileiros, no desenvolvimento de projetos que abrangem estudos sobre efeitos de um amplo escopo, como, por exemplo, mudanças climáticas, perda, fragmentação e degradação de ambientes naturais, destruição de habitats, super exploração, invasão de espécies, assim como ações de conservação ou restauração de ecossistemas nativos, tendo em vista a sustentabilidade ambiental.
Parques de São Joaquim e Acaraí são temas de pesquisa em andamento
O projeto “Biodiversidade de Santa Catarina: Investigando a Associação entre a Paisagem e a Diversidade Biológica em duas Unidades de Conservação de SC” é um dos exemplos de pesquisas apoiadas pelo PELD, edição lançada em 2016. Os pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina realizam estudos no Parque Nacional de São Joaquim, que abrange a Serra, e o Parque Estadual do Acaraí, em São Francisco do Sul.
Com várias frentes de estudos, a pesquisa também envolve as escolas dessas regiões. Recentemente, o grupo de pesquisa MIND.Funga (Monitoring and Inventorying Neotropical Diversity of Fungi), coordenado pelo Laboratório de Micologia da Universidade Federal de Santa Catarina, lançou um livro infantil traduzindo em linguagem simples a diversidade de fungos encontradas no Parque Nacional de São Joaquim. O livro está acessível a professores de todo o Brasil no repositório institucional da UFSC.
As propostas para a nova edição do PELD podem ser submetidas até 14 de setembro de 2020, pela Plataforma Integrada Carlos Chagas. “A Fapesc já se comprometeu em cofinanciar um projeto com o valor de R$ 200 mil. Então, os pesquisadores devem fazer todo o rito do CNPq e os projetos aprovados por Santa Catarina devem acessar o edital suplementar da Fapesc, que será lançado em breve, e submeter suas propostas para receber o recurso estadual”, explica o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapesc, Amauri Bogo.
O valor global disponibilizado pelo Governo Federal é de R$ 15 milhões, sendo R$ 14 milhões do CNPq e R$ 1 milhão do MCTI. As propostas de sítio de pesquisa PELD poderão solicitar o valor máximo de financiamento de R$ 500 mil. Desse valor, até R$ 100 mil poderá ser solicitado em custeio e até R$ 400 mil em bolsas.
Bolsas para estudos de Taxonomia Biológica
A parceria entre o CNPq, MCTI e as FAPs também resultou no Edital de Chamada Pública para o Programa de Apoio a Projetos de Pesquisas para a Capacitação e Formação de Recursos Humanos em Taxonomia Biológica, o Protax.
O objetivo é apoiar projetos de pesquisa que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do país, através da formação de recursos humanos especializados na área da Taxonomia Biológica envolvendo grupos botânicos, zoológicos ou microbiológicos. O valor investido pelo CNPq é de R$ 6 milhões, sendo que cada projeto aprovado receberá o valor máximo de até R$ 250 mil em bolsas de formação e pesquisa. A data limite para a submissão das propostas é até 14 de setembro de 2020, na Plataforma Integrada Carlos Chagas. O diretor de CTI da Fapesc, Amauri Bogo, conta que a Fapesc irá cofinanciar quatro projetos no Protax com o valor de até R$ 40 mil cada, totalizando R$ 160 mil. O rito é o mesmo do PELD. Os pesquisadores devem submeter primeiro na chamada nacional e os classificados poderão solicitar os recursos da Fapesc conforme edital suplementar a ser lançado em breve e disponível no www.fapesc.sc.gov.br.
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