Dois filhotes toninha (Pontoporia blainvillei) foram encontrados mortos na Praia da Joaquina, em Florianópolis durante o domingo (11). O primeiro animal foi encontrado pela equipe da R3/Animal. O segundo foi através de informações repassadas pelo telefone por banhistas.
Os animais foram recolhidos pela técnica de monitoramento Amanda Fernandes e o monitor Rodrigo Tiburski e levados para o Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3 Animal). As duas toninhas mediam 78 centímetros e 85 centímetros de comprimento.
Nesta segunda-feira (12), os resultados da necropsia apontaram para possível causa da morte asfixia/afogamento. Ambas as toninhas tinham marcas, provavelmente causada pela captura incidental, a chamada bycatch, mesmo não sendo alvo de pesca, os animais acabam capturados sem intenção. As capturas incidentais (bycatch) são as principais causas de morte da espécie. A mortalidade em redes de pesca costeiras, principalmente de emalhe, é registrada há mais de meio século, no Brasil, Uruguai e Argentina.
Segundo a presidente da R3 Animal, médica veterinária Cristiane Kolesnikovas, a equipe ficou chocada, mesmo acostumada à essas situações, pois as duas toninhas eram filhotes e ainda tinham leite no estômago. A toninha (Pontoporia blainvillei) é a espécie de golfinho mais ameaçada de extinção no Atlântico Sul. Ela ocorre apenas no Brasil, Uruguai e Argentina.
Sua característica mais marcante é seu rostro extremamente comprido e fino, com uma testa bulbosa. A toninha é um dos menores cetáceos, podendo atingir até 1,70m, costuma viver em pequenos grupos de dois a cinco animais e tem um comportamento muito discreto, o que a torna muito difícil de ser avistada no ambiente marinho. Ela ocorre em regiões costeiras e se alimenta de peixes, cefalópodes e crustáceos.
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