Uma mulher teve que manter o corpo da própria mãe no caixão na sala de estar por duas semanas. A situação ocorreu devido às faltas de vagas em cemitérios. Diante do número de mortos, vítimas da Covid-19, não havia lugar para realizar o sepultamento da idosa na cidade de Palermo, na ilha Italiana da Sicília.
Giusy La Mantia foi orientada a manter o caixão em casa. Ao jornal The Sun, ela relatou que a morte da mãe ocorreu no dia 19 de fevereiro, e que a família notificou imediatamente a agência funerária. No entanto, a família não possuía jazigo para o enterro. Assim, eles foram informados de que o corpo deveria ser guardado em casa, pois no momento não havia espaço nos cemitérios da cidade.
Mas depois de mais de 12 dias, com o caixão ainda em sua sala de estar, nada aconteceu. Giuzy convivia com o cadáver já em decomposição de sua mãe.
“Pensamos que era apenas uma questão de um ou dois dias, no máximo. Só o tempo suficiente para organizar o enterro. Mas os dias se passaram e ninguém apareceu para pegar o caixão”, disse Giusy ao The Sun. “Minha família propôs várias soluções, como armazenamento em outros cemitérios. Mas fomos informados de que não era possível devido à situação de emergência com a Covid. Você nem mesmo pode morrer com dignidade”, completou.
Centenas de caixões ocupam o depósito do cemitério de Palermo por causa da falta de túmulos durante meses, enquanto a pandemia atingia a ilha.