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Ciclone violento e de rara intensidade com força de furação atingirá RS e SC

A previsão indica rajadas de ventos extremamente fortes que poderão ter força de furação em alguns pontos

furacao Visor Notícias
Foto: MetSul/Divulgação

Entre terça-feira (17) e a quarta-feira (18), um ciclone de trajetória incomum e rara intensidade atingirá o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A previsão indica rajadas de ventos extremamente fortes que poderão ter força de furação em alguns pontos, chegando acima de 100km/h com máxima até 120 km/h.  As informações foram divulgadas pelo site especializado em meteorologia MetSul.

Trata-se de situação de elevado perigo meteorológico e de extremo risco à população com alta probabilidade de danos e comprometimento de serviços públicos essenciais como luz e água. Moradores de municípios do Sul e do Leste do Rio Grande do Sul devem enfrentar várias horas seguidas de vento muito forte a intenso com rajadas por vezes violentas em intensidade.

Os modelos numéricos convergem em indicar um ciclone de trajetória retrógrada, do mar para o continente, em direção ao Sul gaúcho e que depois se moveria de Sul para Norte sobre o Leste do Rio Grande do Sul ou margeando a costa do Estado até alcançar o Sul de Santa Catarina, onde recurvaria novamente em direção ao oceano, perdendo intensidade

Todos os dados de modelos meteorológicos, sem exceção, indicam um ciclone muito intenso e com valores de pressão extremamente baixos junto ao Leste do Rio Grande do Sul. A pressão no centro do ciclone pode cair a valores tão baixos quanto 980 hPa ou menos, equivalentes à de um furacão categoria 1 fosse um ciclone tropical no Atlântico Norte.

O modelo norte-americano, em sua saída da madrugada desta segunda-feira, projetava 979 hPa no centro do ciclone junto à costa do Sul gaúcho na tarde da terça-feira, mas à medida que o sistema se desloca para Norte a pressão central tende a subir, embora siga excepcionalmente baixa. Desde o furacão Catarina, de março de 2004, não se observava os modelos indicarem pressão tão extraordinariamente baixa junto à costa do Rio Grande do Sul.

Não há precedentes na história recente de um ciclone tão profundo em meses frios do ano na latitude do como o que os modelos projetam para amanhã e a quarta-feira. Trata-se de uma situação meteorológica extraordinária e que demanda do público e autoridades muita atenção pelos riscos potenciais.

CICLONE COM ESTRUTURA SEMELHANTE A DE CICLONE TROPICAL

O consenso na comunidade meteorológica é que se tratará de um ciclone subtropical e que vai ser batizado pela Marinha do Brasil como uma tempestade subtropical de nome Yakecan ou “o som do céu” na língua tupi-garani. O último ciclone a ter sido nomeado na costa brasileira foi a tempestade subtropical Ubá, em dezembro de 2021. Segundo Norma da Autoridade Marítima para Meteorologia Marítima (NORMAM-19), ciclones atípicos (subtropicais e tropicais) que se formam no mar territorial brasileiro são nomeados.

Nas saídas mais recentes dos modelos, os diagramas de fase crescentemente apontaram uma estrutura entre subtropical e tropical para este sistema com centro quente simétrico não só em superfície, mas também em níveis médios da atmosfera. Um dos aspectos de ciclones intenso de natureza híbrida (subtropical) ou extratropical é que se denomina de reclusão quente no centro da tempestade e que, em alguns casos, pode formar até um olho.

Esta é uma possibilidade no ciclone que vai atingir o Leste do Rio Grande do Sul. Os modelos estão a indicar um centro de baixa pressão concêntrico e muito profundo de pequena extensão com semelhanças com o evento de 2004.

Chamou a atenção na rodada da 0Z de hoje do modelo WRF da MetSul como no campo de refletividade forma-se uma estrutura típica dos ciclones de natureza tropical com bandas de nebulosidade a partir de um centro fechado de circulação e uma configuração semelhante a de uma pequena parede de um olho.

VENTO PODE ATINGIR FORÇA DE FURACÃO

Órgãos oficiais já emitiram avisos sobre a possibilidade de vento muito intenso no Rio Grande do Sul entre amanhã e quarta-feira. O Instituto Nacional de Meteorologia, por exemplo, em comunicado, alertou para vento de até 115 km/h ou mais no Sul gaúcho. As projeções nossas na MetSul, com base nas mais recentes saídas dos modelos, que apresentaram uma concordância maior quanto à trajetória do ciclone margeando a costa, indicam vento mais forte.

IMPACTO DO CICLONE PODE SER SIGNIFICATIVO

Há alta probabilidade de danos na passagem deste ciclone pelo Sul e o Leste do Rio Grande do Sul entre amanhã e a quarta-feira. Adverte-se para a possibilidade elevada de destelhamentos de residências e prédios, quedas de árvores, quedas de postes, colapso de estruturas como placas, etc. Prédios mais altos nas cidades de médio e grande porte por onde passará o ciclone devem ter vento mais intenso nos andares elevados que no nível térreo e há risco de quebras de vidros e quedas de estruturas.

Fonte: MetSul

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Fonte: Visor Notícias

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