Trata-se de uma virose muito rara nas pessoas: há menos de 100 casos registrados na literatura médica desde 1932
A China registrou a primeira morte de humano devido a um vírus raro já identificado em macacos. Um homem contraiu uma doença infecciosa rara de primatas, conhecida como vírus do macaco B e também como Herpes B. A vítima é um veterinário de 53 anos de Pequim. As informações são de autoridades de saúde chinesas, divulgadas pelo jornal The Washington Post.
A morte, ocorrida em 27 de maio, é o primeiro óbito no país causado pela doença, que não tem registro de transmissão de humano para humano. As pessoas que estiveram com ele tiveram teste negativo para esse vírus. O Vírus do Macaco, ou vírus herpes B, é comum nesse tipo de mamífero. No entanto, muito raramente humanos se infectam. Quando isso acontece, porém, a doença é grave, com inflamação no cérebro. Segundo a reportagem do “Post”, a letalidade da virose pode chegar a 80%.
Mas, novamente, trata-se de uma virose muito rara nas pessoas: há menos de 100 casos registrados na literatura médica desde 1932, ano do registro da primeira transmissão desse patógeno de um macaco para um homem. Normalmente, vítimas são veterinários ou pesquisadores que lidam com primatas. A vítima sentiu dores, náuseas e vômitos em abril, um mês depois de dissecar macacos mortos. Depois, em maio, ele acabou não resistindo e morreu.
Segundo especialistas ouvidos pelo jornal norte-americano, o Vírus do Macaco já está adaptado aos primatas e dificilmente saltaria para o ser humano de modo a permitir a transmissão entre pessoas — diferente do que aconteceu com o novo coronavírus, causador da Covid-19.
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