Cena de horror que nunca mais será esquecida por uma família, vizinha a casa onde um crime brutal foi registrado em Itajaí, onde uma menina foi assassinada pelo padrasto. Gritos vindos da casa ao lado, no final de uma rua sem saída, chamaram atenção da vizinha e do marido dela no começo da noite desta segunda-feira (30). Ao chegar no local, descreve uma imagem chocante. A mulher, que prefere não se identificar, disse que viu Marciel Medeiros passar correndo logo após ouvir a briga. Ela chegou a perguntar o que havia acontecido, mas o homem não respondeu e saiu em fuga. As informações são da NSC.
Ele foi morto horas depois.
Ao conferir se estava tudo bem na casa, presenciou o irmão da menina de sete anos com ela no colo e enrolada em um pano. Aos prantos, a vizinha relata uma noite em claro após o que viu. A mãe da menina, ainda de acordo com moradores do entorno, repetia sem parar que o marido havia matado a filha. A garota teria, inclusive, dado um abraço no padrasto pouco antes de ser brutalmente assassinada por ele. A mãe tentou protegê-la e teve ferimentos pelo corpo.
O mesmo aconteceu com o irmão adolescente que ouviu os gritos da mãe, impediu que o padrasto fugisse de moto e também foi machucado. Para os vizinhos o suspeito era um trabalhador, homem prestativo, sempre pronto para ajudar. Mas, para a família a situação era outra.
A mãe dele, antes vizinha, se mudou após ser ameaçada de morte pelo filho. Mais tarde teria ido ao novo endereço dela e quebrado todos os pertences, relatam conhecidos da família. Por fim a mãe foi para mais longe do filho, na tentativa de se proteger. Marciel Ribeiro não aceitava o fim do relacionamento com a mãe da vítima e, por isso, teria degolado a enteada de sete anos nesta segunda-feira (30), segundo a Polícia Militar. Ainda de acordo a polícia, o padrasto teria cortado os dedos do outro filho da mulher, de 16 anos. O adolescente recebeu atendimento médico e foi liberado.
O homem chegou a fugir do local e foi flagrado por câmeras de segurança deixando a casa em que aconteceu o crime. Mais tarde, ele foi encontrado na Rua Pedro Reis, cruzamento com a José Balduíno, e resistiu à prisão. Segundo a Guarda Municipal, ele tentou atacar os agentes com uma faca e acabou baleado em confronto. Ele morreu no local. A prefeitura informou que o suspeito é servidor da Secretaria Municipal de Saúde desde 2007.
Itajaí lamenta o crime
Em nota, o município de Itajaí lamentou a morte da menina, que estudava na Escola Básica José Potter, do bairro Espinheiros. “Será lembrada por todos, colegas, professores e demais funcionários da unidade, como uma menina meiga, carinhosa, inteligente e muito simpática”, diz a publicação. A Unidade Básica de Saúde São Roque, onde a mãe da menina trabalha, permanece fechada nesta terça-feira (31) em luto pela morte da criança. Os atendimentos serão retomados na quarta-feira (1º)