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Campanha “Bitucas não são sementes” reforça ações em favor do meio ambiente na Ilha de Porto Belo

Em três semanas, foram retirados mais de 2,6 mil resíduos do local

mulher e atropelada por caminhao e arrastada por 15 metros em balneario camboriu 1555331965 Visor Notícias

Uma fauna rica, formada por tartarugas, cardumes de diferentes peixes e aves comuns da Mata Atlântica fazem da região de Porto Belo um lugar diferenciado no Litoral catarinense. A beleza da natureza, no entanto, requer cuidados para evitar as ameaças. Por isso, a Ilha de Porto Belo iniciou nesta temporada a campanha “Bitucas não são sementes”. A ação é mais uma, das várias, no intuito de evitar o microlixo e amenizar as possibilidades de prejuízo ao meio ambiente. Segundo dados da equipe de preservação do local, foram retirados mais de 2,6 mil resíduos nas primeiras três semanas do ano.

A ingestão dos pequenos detritos sintéticos é hoje a segunda maior causa da morte de animais marinhos, atrás apenas da pesca comercial. A campanha reforça que bitucas, além de prejudicar o meio ambiente – já que levam muitos anos para se decompor -, ainda liberam toxinas na terra. Idealizado em três idiomas (português, espanhol e inglês), o material está exposto nas cadeiras de praia, mesas e placas espalhadas pela ilha. Também foram instaladas bituqueiras, para recolhimento e descarte adequado dos resíduos de cigarro.

Para garantir o sucesso da ação, a equipe que atua junto ao público na Ilha de Porto Belo está preparada para a conscientização. Garçons, monitores e atendentes passaram por treinamento para comunicar aos visitantes a importância do descarte correto. 

Há 22 anos, a Ilha João da Cunha – como é oficialmente batizada – era uma área degradada. Viveu historicamente um período de pesca predatória de baleias e ao longo dos anos, até o início dos anos 1990, acabou virando espaço para acampamentos improvisados onde era deixado lixo e havia muitas queimadas. Hoje, com todas as ações do empreendimentoIlha de Porto Belo, passam 100 mil pessoas pelo local em uma temporada de Verão, e a área se mantém sustentável, conforme orientação do Ministério Público Estadual.

A campanha “Bitucas não são sementes” é mais um passo em busca da conscientização dos visitantes e da comunidade do entorno sobre a importância de cuidar do meio ambiente. Desde 2007 os bares e restaurantes instalados naIlha de Porto Belo não vendem cigarros. Já a venda de bebidas em vidro foi extinta ainda mais cedo, em 2002. Os canudos plásticos foram abolidos em 2016. Mesma época em que houve um acordo com os barcos de entretenimento que transportam passageiros para evitar o uso de balões. “São ações do cotidiano que muitas vezes não nos damos conta. O uso de canudos, por exemplo. Além dele em si, o plástico que o separa individualmente geralmente solta uma ponta imperceptível aos olhos, mas que prejudicam em muito a fauna marinha”, ressalta o administrador da Ilha de Porto Belo, Alexandre Stodieck.  

Região é reduto de tartarugas-verde

Segundo o geógrafo Jules Soto, responsável pelo Museu Oceanográfico da Univali, a região do Litoral Centro-Norte de Santa Catarina é reduto de tartarugas-verde. Elas nascem nas ilhas oceânicas e migram para o Sul do Brasil, até próximo a São Paulo. Aqui ela tem uma área de pastagem, já que até os dois anos são somente herbívoras, alimentando-se de algas. Do território catarinense elas vão embora e nunca mais retornam, vão se dispersar para o mundo. “A Ilha de Porto Belo é uma área de pastagem importantíssima. São pouquíssimos lugares no mundo que são como aqui. E o microlixo afeta diretamente estes animais. Recebemos pelo menos quatro por semana, já mortos devido à sujeira”, acentua Soto. Ele ressalta que tartarugas-verde, albatrozes e petréis são os mais afetados.

Visita do descobridor do microlixo deu gás às ações

            Toda essa preocupação já era hábito no dia a dia da Ilha de Porto Belo, mas ganhou força com a visita do Capitão Charles Moore, em 2015. O oceanógrafo americano é o descobridor da ilha de lixo no Oceano Pacífico e virou estudioso de metodologias que pudessem medir a quantidade e a origem dos resíduos para tentar controlar o problema em seu estágio inicial.  Moore tem a grande preocupação de identificar maneiras para que se possa conter esse acúmulo progressivo de lixo, tentando assim diminuir os enormes impactos causados às espécies marinhas e aos oceanos. “As pessoas devem parar de poluir os oceanos com plásticos ou qualquer outra coisa, temos que instaurar uma cultura de reciclagem e desperdício zero”, disse ele em sua visita.

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