O surgimento de cobras das mais variadas espécies em áreas limpas e urbanas acendeu um alerta entre os biólogos e especialistas. Os casos são cada vez mais comuns em Santa Catarina e podem estar sendo causados por fatores como a aceleração da urbanização em áreas próximas as matas e a redução do alimento natural dos répteis.
Na semana passada (3) um caso foi registrado em Jaraguá do Sul. Uma moradora tomava banho quando percebeu a presença de duas cobras no banheiro. Apenas um animal foi capturado pelos biólogos no local. A cobra tinha 1,5 metros e era da espécie caninana.
Somente na região do Vale do Itajaí, num período de pouco mais de dez dias, quatro cobras da espécie coral-verdadeira foram capturadas. Numa das ocorrências, o réptil foi encontrado em uma garagem por um morador de Vitor Meireles. Trata-se da espécie mais venenosa no Brasil, segundo biológos.
Mas, segundo o biólogo da Fujama (Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente) Christian Raboch, o aparecimento de cobras e outros répteis, como lagartos, é comum nesta época do ano. “Isso acontece todo ano. Nós estamos tendo um aumento considerável das pessoas procurarem a Fujama, órgão ambiental daqui para resgatar esses animais”, garantiu.
A procura na Fujama para a captura de cobras cresceu 50% em comparação com o período anterior à pandemia. Enquanto em 2019 foram resgatados 265 animais, em 2021, já são mais de 400.
O mesmo fator serve para entender o aparecimento de jacarés. Em Tijucas, na Grande Florianópolis, três animais foram vistos em menos de uma semana. O Grupo de Operações e Resgate (GOR) investiga o caso. Outro fator para a justificar o aparecimento é a perda de habitat. Preuss explica que esse é um fator importante para entender o contato cada vez maior entre animais silvestres e humanos.
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